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Agente denuncia chefe de Delegacia da PRF por suposta extorsão

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Agente denuncia chefe de Delegacia da PRF por suposta extorsão

O policial rodoviário federal é investigado pela Instituição por supostas irregularidades no exercício da função. Ele estaria exigindo metas de autuações aos outros servidores da Delegacia de Canindé

O policial rodoviário federal Cleyton Graça de Sousa, chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Canindé, é investigado por supostas irregularidades que teriam sido cometidas no exercício do cargo. Ele estaria extorquindo e ameaçando agentes. As apurações também são voltadas para um possível desrespeito à determinação da lei de dedicação exclusiva à função.

A reportagem do jornal Diário do Nordeste recebeu denúncias, com provas materiais, de que o agente de segurança cobra uma meta de autuações – como registro de multas por crimes de trânsito – aos policiais rodoviários da Delegacia, desde que assumiu a função, no fim de 2017. De acordo com a denúncia, caso os profissionais não cumpram a meta, o chefe ameaça transferi-los de unidade ou até mesmo enviá-los para um curso de reciclagem.

Em uma conversa na rede social WhatsApp, Cleyton Sousa cobra “produtividade” a um policial. “Por gentileza, vamos ajudar a Delegacia. Você não tira uma notificação faz tempo porque olho diariamente a parte diária. Impossível fazer a meta da Delegacia sem uma notificação. Acredito que tenha que fazer no outro mês uma reciclagem no Rio (Rio de Janeiro)” (sic), sugere.

Um policial que teria sofrido ameaças (identidade preservada), conta que a Delegacia de Canindé tem dois postos: um no próprio Município e outro em Boa Viagem. Os agentes mais “produtivos” estariam sendo recompensados com a lotação em Canindé, por ser mais perto da Capital, onde a maioria dos servidores mora; enquanto aqueles que autuam menos, estariam sendo lotados em Boa Viagem.

Segundo a fonte, o efetivo da Delegacia se sente “aterrorizado”. “Um trânsito seguro é sem infrações. A verdadeira missão da PRF é coibir o infrator e não procurar multa para atingir meta. O efetivo de policiais está acuado e sem saber o que fazer, pois não concorda com essas ilegalidades”.

Fiscalização

A reportagem entrou em contato com Cleyton Graça de Sousa, que alegou que as denúncias “não procedem”. “Isso é conversa. Nem no Ceará estou. Eu estou afastado por um curso de gestão, em Santa Catarina. A única meta que a Delegacia tem é fiscalização, que é normal do policial. A multa é consequência da fiscalização. Isso não existe da minha parte, nem da Superintendência”, rebateu.

Fonte: Diário do Nordeste

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