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Aposentado carrega pedras em bicicleta para tapar buracos do asfalto do Eixo Anhanguera, em Goiânia

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Aposentado carrega pedras em bicicleta para tapar buracos do asfalto do Eixo Anhanguera, em Goiânia

André Carlos Rodrigues conta que fica preocupado com a dificuldade dos motoristas de ônibus em trafegar na via com passageiros e, por isso, assumiu manutenção por conta própria. Governo e Prefeitura divergem sobre responsabilidades.

Um aposentado carrega, todos os dias, dezenas de pedras na garupa da bicicleta dele para tapar buracos ao longo da via exclusiva de ônibus do Eixo Anhanguera, corredor de transporte coletivo que corta Goiânia de noroeste a sudeste. André Carlos Rodrigues afirma que fica preocupado com a dificuldade dos motoristas de ônibus em trafegar na via com passageiros e, por isso, assumiu a manutenção por conta própria.

“É para ajudar os motoristas, porque eles estão tudo com as costas quebrada já, de tanto buraco que tem na [Avenida] Anhanguera. Os únicos que ajuda eles são Deus e eu só”, afirma o aposentado.

André Carlos Rodrigues monitora, de bicicleta, os 14 quilômetros do Eixo Anhanguera. Ele afirma que o objetivo é facilitar o trabalho dos motoristas do Eixo Anhanguera e, ao mesmo tempo, deixar a vida do passageiro mais confortável, já que o impacto ao cair nos buracos, depois que ele coloca as pedras, é menor.

Apesar do trabalho do aposentado, os motoristas afirmam que o poder público deve aprimorar a manutenção, pois os danos provocados por carros que caem em buracos é, cada vez mais, maior. “É muito buraco, a manutenção está devagar. Acontece de estourar pneu nestas passagens, é muito complicado”, disse o motorista João da Cruz.

Segundo a Metrobus, empresa responsável pela linha, 10 ônibus quebram por dia no Eixo Anhanguera por conta dos buracos. São pneus furados, rodas empenadas, suspensão quebrada, entre outros problemas. Dos 123 veículos que deveriam estar atendendo à população diariamente, só 113 funcionam plenamente, já que, em média, 10 estão parados consertando.

A Prefeitura de Goiânia informou, no fim do ano passado, conversas para assinar um convênio com o governo do Estado. O governo forneceria os materiais, e a prefeitura a mão de obra, mas isso ainda está sendo discutido.

A prefeitura disse ainda que a manutenção, conforme decisão judicial, é da Metrobus, mas que, mesmo assim, vê uma possibilidade de acordo.

A Metrobus, por sua vez, diz que a decisão não diz que a empresa é responsável por tapar buracos. Segundo a empresa, um termo de compromisso entre a Agetop a Prefeitura de Goiânia está prestes a ser assinado. Enquanto isso não acontece, a empresa diz que está realizando serviços de tapa-buraco na via.

Fonte: G1

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