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Coco-babaçu é alternativa de melhoria de renda para produtores

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Coco-babaçu é alternativa de melhoria de renda para produtores

Cinco comunidades da Serra da Meruoca, no Norte do Estado, passaram a comercializar o fruto que outrora era descartado. Além da renda extra, os beneficiários participaram de cursos e receberão maquinário especializado

Uma iniciativa da indústria cimenteira tem proporcionado a agricultores familiares da Serra da Meruoca, no município de Sobral, na região Norte do Estado, a oportunidade de incrementar o aproveitamento do coco-babaçu para gerar mais renda. Desde setembro do ano passado, a fábrica tem adquirido o coco in natura, que antes era descartado, para substituir parte do combustível fóssil no forno.

A Serra da Meruoca abrange tanto o município homônimo quanto as cidades de Alcântaras, Massapê e Sobral, localidades nas quais a maioria das famílias vive de programas governamentais, aposentadoria e agricultura, tendo a cadeia produtiva do babaçu como um complemento financeiro significativo.

Luiz Carlos Rodrigues Neves, presidente da Associação Comunitária Produtiva de Terra Nova, na Serra da Meruoca, conta que a comunidade extraía as amêndoas do babaçu para fornecer à indústria alimentícia e de cosméticos, que as utilizavam para fabricar óleo e sabão, mas a falência de uma indústria local prejudicou a comunidade.

Com a aquisição do coco pela Votorantim Cimentos, as famílias viram uma oportunidade de seguir em frente com a produção. Em geral, entre as cinco comunidades que cultivam coco-babaçu, foram negociadas, em um mês, 190 toneladas do fruto para a indústria, o que gerou uma renda efetiva de R$ 19 mil, compartilhada entre 40 beneficiários. “Hoje, 90% do fruto que sobra serve também para complementar a renda das comunidades. As famílias estão ganhando por semana o que antes levavam o mês todo para obter e isso é muito positivo. É uma nova perspectiva de vida, inclusive para os jovens que até então não tinham muitas alternativas de trabalho na região”, pontua Luiz Carlos.

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Expansão

Ainda neste ano, um complexo de beneficiamento do coco- babaçu será construído na região para as famílias intensificarem a produção de óleo e comercializarem para a indústria alimentícia e cosmética. A oportunidade é oferecida por meio do Programa ReDes, iniciativa do Instituto Votorantim e BNDES.

O objetivo é aumentar, após a instalação da ReDes, em 40% a renda dos beneficiários por meio do fortalecimento da cadeira produtiva do babaçu, qualificando os agricultores para profissionalizar as atividades de extração e fabricação de produtos diversos do fruto nativo.

Fonte: Diário do Nordeste

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