A 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) expediu o mandado de prisão.
Denunciada por facilitar operação de caça-níqueis, ela foi alvo de operação do Ministério Público contra rede de jogos de azar. No despacho, juiz cita que ‘gigantesco valor em espécie’ indica ‘grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa’.
A delegada Adriana Belém, alvo da Operação Calígula, deflagrada na manhã desta terça-feira (10), foi presa no início da tarde em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Durante a ação, a força-tarefa apreendeu quase R$ 2 milhões em dinheiro no apartamento dela.
A 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) expediu o mandado de prisão.
“O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, que é Delegada de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva (capaz de gerar vantagens que correspondem a cifras milionárias)”, diz a decisão do juiz Bruno Monteiro Ruliere.
Até o momento, 12 pessoas foram presas na operação, incluindo Adriana. A operação cumpre 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, mirando um total de 30 pessoas pelos supostos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O delegado Marcos Cipriano, suspeito de participação no esquema, e de colocar a delegada em contato com Ronie Lessa também foi preso. Segundo a Polícia Civil, os dois delegados (Adriana e Cipriano) não têm atualmente cargos na Polícia Civil. “Eles estão afastados e lotados em outros órgãos. A Corregedoria-Geral da instituição solicitará acesso às investigações para dar andamento aos processos administrativos.