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Deputados do PMB e PSD sem orientação

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Mandada para a oposição, base de apoio à candidatura de Sérgio Aguiar volta para a AL sem uma posição oficial

Os suplentes que substituirão os deputados Naumi Amorim e Laís Nunes, eleitos prefeitos, são ligados ao Governo e não ao grupo oposicionista ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
Os suplentes que substituirão os deputados Naumi Amorim e Laís Nunes, eleitos prefeitos, são ligados ao Governo e não ao grupo oposicionista ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )

Pouca coisa mudou no bloco PMB/PSD desde a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, na semana passada. Apesar de o presidente estadual da sigla, deputado Domingos Neto (PSD), ter dito que o grupo trabalharia em unidade com a oposição – que no espaço nacional apoia o presidente Michel Temer -, nada foi tratado sobre o tema até o presente momento. O parlamentar deve buscar diálogo com os deputados das duas agremiações ainda no decorrer desta semana.

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Sérgio Aguiar (PDT), que disputou a Presidência da Casa e foi derrotado por Zezinho Albuquerque (PDT), chegou a cogitar a possibilidade de integrar o PSD, conforme seus colegas. No entanto, nada foi confirmado, até porque os envolvidos naquele pleito ainda estão processando as perdas e as falas feitas por Sérgio Aguiar em momento de emoção.

Atualmente, a bancada PMB/PSD na Assembleia é formada por seis deputados: Odilon Aguiar (PMB), Naumi Amorim (PMB), Laís Nunes (PMB) e Bethrose (PMB), Roberto Mesquita (PSD) e Gony Arruda (PSD). Osmar Baquit, que faz parte do PSD, retornou para o Governo de Camilo Santana e não deverá seguir a orientação da direção estadual.banner_256

Para reunir todos esses parlamentares em torno de uma ideia de oposição, Domingos Neto terá dificuldades. Primeiro, porque a maioria deles tem tendência governista, e isso é comprovado com o comportamento de todos desde quando foram eleitos. Somente Roberto Mesquita tem um posicionamento mais independente em relação às agremiações. Ainda quando estava no PV, que era da base governista de Cid Gomes, o parlamentar fazia oposição à gestão.

Diálogo

Outro problema que Domingos Neto terá que enfrentar será a perda de dois parlamentares do bloco a partir de janeiro de 2017, visto que Laís Nunes e Naumi Amorim assumirão, respectivamente, as prefeituras de Icó e de Caucaia.

As vagas deixadas por eles deverão efetivar parlamentares que fazem parte da base de apoio do Governo Camilo Santana. Gony Arruda (PSD) tenderá a ficar neutro neste processo. Já Bethrose (PMB) é uma incógnita, visto que nas eleições deste ano em São Gonçalo do Amarante, onde foi candidata derrotada, o candidato reeleito é aliado ao governador Camilo.

Domingos Neto disse que vai conversar individualmente com todos os parlamentares dos dois partidos e com lideranças em geral para discutir os próximos passos. “Teremos uma posição mais firme e independente, pois foi inaugurado um novo momento político no Estado”, disse. Segundo ele, a Assembleia Legislativa saiu fortalecida das eleições, e o Parlamento terá mais autonomia e independência. Segundo ele, convencer os liderados sobre um novo comportamento na Casa predispõe amplo diálogo.

Domingos Neto ressalta que aqueles que votaram no candidato apoiado por ele demonstraram firmeza na aliança com as siglas. Ele ressaltou ainda que, caso o Sérgio Aguiar tenha interesse em ingressar no PSD, “as portas estão abertas”. Ao Diário do Nordeste, Roberto Mesquita disse que, desde a eleição de quinta-feira passada, não houve qualquer avanço ou convite para debater o ocorrido. “Nada, só choro, vela e história”, ironizou.

Com Diário do Nordeste…. (Carlos Kté Santos)

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