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Governo dos EUA recorre a Bolsonaro para salvar Cúpula das Américas

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Governo dos EUA recorre a Bolsonaro para salvar Cúpula das Américas
Governo americano propôs uma reunião bilateral entre os presidentes Bolsonaro e Baiden Cleber Caetano/PR

Estados Unidos temem um esvaziamento do evento devido ao desgaste das relações com os países da América Latina nos últimos anos

O governo dos Estados Unidos enviou ao Brasil nesta terça-feira, 24, o enviado especial do país para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd, de maneira a convencer o presidente Jair Bolsonaro a comparecer ao evento. Segundo Dodd, o líder americano, Joe Biden, estaria disposto a fazer uma reunião bilateral com Bolsonaro às margens do evento. 

O objetivo do governo americano é impedir um possível esvaziamento na próxima edição, que irá acontecer em Los Angeles no início de junho. De acordo com pessoas envolvidas nos preparativos da reunião, a viagem de Dodd teve como objetivo demonstrar a importância da participação do governo brasileiro. 

A nona edição da Cúpula das Américas foi idealizada pelos Estados Unidos de maneira a demonstrar a força do país como líder em assuntos relacionados à América Latina, posição negligenciada pelo ex-presidente, Donald Trump, que faltou ao evento em 2018. 

A cúpula ocorre em um momento crítico para o governo americano, que busca combater a influência da China na região, reparar os relacionamentos danificados por Trump e controlar o fluxo de imigrantes na fronteira sul dos EUA.

Com o evento marcado para começar no próximo dia 6, a lista final de convidados ainda não foi fechada. Além de Bolsonaro, Dodd também tenta persuadir o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador a participar. Recentemente, ele sinalizou que pretende comparecer apenas se os Estados Unidos convidarem todos os países do continente, o que inclui Cuba, Venezuela e Nicarágua, pensamento ecoado por outros governos.

Segundo analistas, líderes locais sentem que podem ameaçar não participar sem medo ou custo, principalmente pelo fato de que não parece haver tantas consequências em uma eventual ausência. 

Ainda que dificilmente os convites sejam estendidos à Cuba, Venezuela e Nicarágua, a Casa Branca vem tentando sinalizar uma maior aproximação com esses países. Na semana passada, o governo americano anunciou a flexibilização de algumas sanções da era Trump, facilitando o envio de dólares para familiares que morem na ilha, além de permitir que a estatal petrolífera venezuelana possa realizar negócios antes proibidos.

Autoridades do do governo americano disseram que os Estados Unidos estão buscando alternativas para incluir as delegações de tais países, de forma a satisfazer as objeções de Obrador. Desse modo, é provável que membros do governo de Havana, provavelmente alguém do Ministério das Relações Exteriores cubano, seja convidado para a cúpula.

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