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Incêndio no Museu Nacional no RJ destrói anos da história do Brasil

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Incêndio no Museu Nacional no RJ destrói anos da história do Brasil

Segundo o diretor-adjunto, há anos que o museu não recebe verbas suficientes para manutenção

O incêndio começou por volta das 19h30 da noite e seguiu durante a madrugada. Agentes de 12 quartéis foram designados ao local do sinistro para fazer o trabalho de controle das chamas e recuperar o que sobrou. Segundos os bombeiros, foi possível recuperar itens da parte de botânica e alguns documentos, mas o restante foi completamente consumido pelas chamas e destruído pelo desabamento do telhado.

Boa parte da estrutura do prédio era de madeira, e o acervo tinha muito material inflamável. Assim, o fogo se espalhou rapidamente. Quatro vigilantes estavam no local no momento do incêndio, mas não ficaram feridos. Dois hidrantes ficavam próximos ao Museu Nacional, mas por falta de pressão eles apresentaram problemas no começo do combate às chamas. Caminhões-pipa e até a água de um lago foram necessários para ajudar no combate às chamas.

O Museu Nacional é a instituição científica mais antiga do país e tinha um acervo de mais de 20 milhões de itens. Entre eles, estava o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas e tesouro arqueológico nacional, e o maior meteorito já achado no país.

O diretor-adjunto do museu, Luiz Fernando Dias Duarte, comentou em entrevista com a emissora de TV Globo News, que há anos tenta adquirir verba para melhorar a manutenção do museu. “Passamos por uma dificuldade imensa para a obtenção desses recursos. Agora todo mundo se coloca solidário. Nunca tivemos um apoio eficiente e urgente para esse projeto de adequação do palácio. Para retirar a administração, arquivo e centro acadêmico do palácio”, exalta Luiz.

Há três anos, o museu funcionava com orçamento reduzido. A instituição deveria ter um repasse anual de R$ 550 mil da UFRJ, que passa por uma crise financeira. Mas só recebia cerca de 60% desse valor desde 2015. Naquele ano, os serviços chegaram a ser interrompidos porque não havia como pagar funcionários.

*Contém elementos de G1

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