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Luto no jornalismo esportivo brasileiro. Morrem; Antero Greco, Washington Rodrigues e Sílvio Luiz

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Luto no jornalismo esportivo brasileiro. Morrem; Antero Greco, Washington Rodrigues e Sílvio Luiz

O trio fez história e marcaram gerações nas transmissões esportivas na imprensa brasileira

O jornalismo esportivo brasileiro está de luto. Num intervalo de menos de 24 o Brasil perdeu 3 nomes que marcaram as transmissões esportivas brasileiras. Partiram para o andar de cima, o radialista Washington Rodrigues, o O jornalista Antero Greco e o narrador Sílvio Luiz.

O primeiro a falecer, foi Washington Luiz, carinhosamente chamado de “Apolinho”, que por mais de 20 anos comandou  o “Show do Apolinho”, líder de audiência pela Rádio Tupi do Rio. Um dos maiores nomes da história do rádio brasileiro, Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu, nesta quarta-feira à noite (15), no Rio, aos 87 anos. O radialista lutava contra um câncer. Ele morreu na hora que o Flamengo, uma das suas paixões, jogava no Maracanã. O time da Gávea goleou o Bolívar, por 4 a 0, pela Libertadores.

também foi repórter e comentarista. “Pau com formiga”, “Pinto no lixo”, “Briga de cachorro grande” foram alguns dos bordões que usava em suas transmissões. No jornalismo impresso tinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no jornal Meia Hora.

Apaixonado pelo Flamengo, Apolinho chegou a ser técnico do time rubro-negro na gestão do presidente Kleber Leite, em 1995, quando o ataque da equipe tinha Romário, Edmundo e Sávio. A equipe não entusiasmou e acabou perdendo a final do Campeonato Carioca para o Fluminense, com direito a gol de barriga de Renato Gaúcho, mas foi vice-campeã da Supercopa da Libertadores. Três anos mais tarde voltou ao clube para ser diretor de futebol.

“Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou”, dizia, orgulhoso.

Antero Greco e Sílvio Luiz

Já nesta quinta-feira (16), foi a vez de mais dois ícones partirem; primeiro, Antero Greco, de 69 anos, que estava internado tratando-se de um tumor no cérebro, contra o qual lutou por quase dois anos. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, havia meses para tratar a doença. Uma das figuras mais conhecidas do jornalismo esportivo, o experiente comentarista marcou época em parceria com Paulo Soares, o Amigão, no comando do programa SportsCenter, do canal ESPN, e como repórter, editor e colunista do Estadão. Antero deixa a mulher, Leila, e seus dois filhos.

A despedida de Antero será no Cemitério do Redentor, em São Paulo, às 12h desta quinta-feira. E o enterro está marcado para as 16h.

Na última semana, Paulo Soares, parceiro de bancada e de vida de Antero, escreveu um relato emocionado sobre o amigo na coluna do jornalista Juca Kfouri, no UOL. Foi ele que revelou que o quadro de saúde do colega era grave e irreversível. “Infelizmente o meu grande amigo e de todos nós, Antero Greco, está em seus dias finais. Tumor cerebral. Lutou desde junho de 22, mas agora não há mais o que fazer”, relatou.

Nos últimos meses, Antero diminuiu a frequência de suas participações na programação do canal esportivo. O jornalista fazia seus comentários preferencialmente de casa. Ele estava tratando um tumor no cérebro desde junho de 2022 que o impediu que voltasse aos estúdios e trabalhasse plenamente.

Em setembro de 2022, passou mal ao vivo durante o SportsCenter. “Exames foram feitos e se constatou um corpo estranho aqui, na cuca. Fui internado em urgência e operado. Dois meses depois, fazendo exames de rotina, mostrou que sobrou ‘um treco da gororoba’, então deveria ser submetido a uma segunda operação, sem prazo definido”, explicou à época.

“Exame aqui, biópsia aqui e acolá, a coisa ia de ‘médio’ para ‘grave a gravíssimo’ e para ‘coisa muito ruim’, depois foi rebaixado para ‘grave’. Fiz radioterapia e quimioterapia”, disse Antero em maio de 2023, quando voltou a trabalhar ocasionalmente nos estúdios da ESPN.

Ainda na manhã destaquinta (16), partiu para o andar de cima, o lendário narrador Silvio Luiz, aos 89 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Ele estava internado desde 8 de maio na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Internado após passar mal

Em abril, Silvio Luiz foi internado após passar mal durante a transmissão de Palmeiras x Santos pela final do Campeonato Paulista. O locutor esteve ao lado dos humoristas Bola e Carioca para a final do torneio e chegou a narrar o gol de Aníbal Moreno, o segundo do Palmeiras. Pouco depois, os comentaristas avisaram a produção da live que Silvio Luiz não se sentia bem.

A equipe congelou a imagem para atender à preocupação, e a dupla chegou a dizer que o narrador ia “tomar um arzinho”, descansar e voltaria depois. Quando a transmissão retornou com as imagens ao vivo, Silvio Luiz já não estava mais no estúdio, e Bola e Carioca comandaram o fim do jogo.

MAIS SOBRE ELE

Sylvio Luiz Perez Machado de Souza, popularmente conhecido como Silvio Luiz, nasceu em São Paulo em 14 de julho de 1934 e foi um dos narradores mais famosos do Brasil, com bordões como “olho no lance”pelo amor dos meus filhinhos” e “pelas barbas do profeta”.

Ele começou a carreira na comunicação com a ajuda da mãe, Elizabeth Darcy, que era locutora. Em 1952, o narrador ingressou na Rádio São Paulo para participar de locuções e radionovelas. Em seguida, foi para a TV Paulista, onde começou a jornada na área esportiva como repórter de campo, aos 17 anos.

Já aos 18, Silvio Luiz começou a primeira passagem pela TV Record, e fazia tudo o que aparecesse na emissora. Foi repórter, operador de câmera, apresentador e até ator, quando interpretou o Julinho na primeira versão da novela Éramos Seis.

COPA DO MUNDO DE 1962

Em 1960, rumou para a Rádio Bandeirantes, onde cobriu a Copa do Mundo de 1962, e integrou também a equipe de transmissão do torneio na edição de 1974, naquele que foi o último trabalho como repórter de campo. Em 1976, voltou à TV Record, dessa vez como diretor de programação. Começava, assim, a carreira de Silvio Luiz como narrador.

Ele se revezava na locução das transmissões com Hélio Ansaldo. Pouco depois, Hélio pediu para Silvio assumir todas as narrações das partidas, e o paulistano se tornou o principal narrador da emissora.

Não demorou para que Silvio cativasse o público. Seu jeito irreverente, que unia humor e descontração à informação esportiva, chamava a atenção. As transmissões eram marcadas por bordões como ‘olho no lance’, ‘pelo amor dos meus filhinhos’, ‘pelas barbas do profeta’ e ‘vai mandar lá no meio do pagode’, frases que transcenderam o meio esportivo e ficaram amplamente conhecidas.

OUTROS TRABALHOS

Silvio Luiz também tem passagem pela Rede Bandeirantes, SBT, Rádio Transamérica, Rádio Jovem Pan, RedeTV! e até MTV, onde fez parte do programa RockGol. O narrador já trabalhou na Copa do Mundo de 1978, na Olimpíada de Atlanta-1996 e na Copa do Mundo de 1998.

Nos anos 2000, participou das transmissões da Olimpíada de Pequim-2008, e já narrou também partidas da Série B do Campeonato Brasileiro, do Campeonato Italiano, do Campeonato Inglês, do Campeonato Carioca e do Campeonato Paulista.

ATÉ NO VÍDEO GAME

Silvio Luiz também marcou época nos games, sendo o narrador do Pro Evolution Soccer (PES) durante seis anos, com comentários de Mauro Beting.

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