Campanha para 2018 já está acirrada, inclusive dentro dos partidos
Ainda falta pouco mais de um ano para as eleições e as leis eleitorais vetam o lançamento de candidaturas antes de julho do ano que vem, mas, nos bastidores, a campanha já está acirrada, inclusive dentro dos partidos.
Confira a situação político-jurídica de oito postulantes ao cargo de presidente da República abaixo:
Paulo Whitaker/Reuters
Líder nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa esperar a Justiça para saber se concorrerá mais uma vez. O ex-presidente petista tem sinalizado ânimo para enfrentar uma sexta campanha presidencial e aparece liderando as pesquisas. Na última sondagem do Datafolha, em junho, aparecia com 30% dos votos nos cenários de 1º turno e só não vencia nas simulações de 2º turno de Marina Silva (Rede). Lula, porém, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Se a condenação for mantida em 2ª instância, não poderá concorrer. Fernando Haddad seria o plano B do PT.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bem posicionado, Jair Bolsonaro (PSC) busca partido forte. Disputando a vice-liderança nas pesquisas com Marina e líder isolado – com 27% das intenções de voto – em um levantamento divulgado semana passada pelo site “Poder 360” num cenário sem a presença de Lula, o deputado federal pelo Rio de Janeiro busca a estrutura necessária para uma campanha presidencial. Ele está trocando o PSC pelo PEN, que vai mudar de nome para Patriotas.
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Marina Silva (Rede) tenta, de novo, ser a terceira via. Única a não perder para Lula nas simulações de 2º turno na última pesquisa Datafolha (os dois empataram com 40%), a ex-senadora da Rede Sustentabilidade precisa combater a fama de boa na pré-campanha, mas que mostra fragilidade na reta final. Para as próximas eleições ela deve manter o discurso de distanciamento do jogo político que vem sendo jogado pelos maiores partidos.
Rovena Rosa/Agência Brasil
Problemas de João Doria (PSDB) estão ‘em casa’. Se apresentando como “o novo” na política, o prefeito de São Paulo, Doria, tem feito esforços para se tornar conhecido nacionalmente e, na última pesquisa Datafolha, apareceu com 10% de intenções de voto, contra os 8% que seu adversário interno, o governador paulista Geraldo Alckmin, conseguiu no cenário em que apareceu. A tática de Doria, que tem sido repreendido por caciques tucanos, é mostrar com números que seria o candidato mais competitivo.
Beto Barata/Palácio do Planalto via Agência Brasil
Geraldo Alckmin (PSDB) faz o jogo da paciência. Em recente entrevista para a “Band”, o governador de São Paulo, como tem feito, evitou atacar diretamente seu pupilo e adversário interno, mas sinalizou que a disputa de 2018 deve ser a “eleição da experiência”, num recado claro a Doria. Os desdobramentos da operação Lava Jato, porém, podem atrapalhar o caminho do cacique tucano.
Adriano Machado/Reuters
O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) come quieto. Ele jura fidelidade a Temer, mas não perde a oportunidade de fazer críticas ao governo. Antes da votação da denúncia contra o presidente, chegou a subir o tom, mas recuou. Aliados do Democrata acreditam que, se assumisse em uma eventual queda precoce de Temer, Maia poderia ganhar musculatura para uma disputa nas urnas.
Adriano Machado/Reuters
Henrique Meirelles pode ser o homem de Temer na eleição. Se a recuperação econômica prometida pela gestão de Temer realmente avançar no ano que vem, o ministro da Fazenda é uma opção de candidatura para defender o legado do atual governo. A possibilidade, porém, ainda está no campo das ideias.
Roosewelt Pinheiro/ABr
Ciro Gomes (PDT) sonha em ‘herdar’ a esquerda. O ex-ministro de Itamar Franco e Lula, ex-governador do Ceará e ex-presidenciável acha que pode finalmente chegar ao Planalto – mas depende de como chegará Lula em 2018, de se conseguirá controlar a língua (é tido como frágil pela facilidade com que dá declarações polêmicas que o arrastam para batalhas desgastantes) e de se mostrará viabilidade para aglutinar a esquerda.
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Matéria publicada n Portal Band News..