Segundo ele, essa decisão, porém, será tomada somente na terça (19), após a tentativa de votação no plenário da Câmara
De acordo com Temer, se o Planalto sentir que não tem os 308 votos suficientes, a ideia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é de já marcar uma nova data para fevereiro. A declaração foi dada na saída de almoço com o presidente da Macedônia, Gjorge Ivanov, no Palácio do Itamaraty.
Temer confirmou que a discussão da reforma começará no plenário da Câmara na quinta (14) e que a tentativa de votação ocorrerá entre segunda (18) e terça (19). “Nós vamos levantar os votos. E, tendo os votos necessários, e eu acredito que talvez seja possível [votar]”, disse.
Questionado sobre o que fazer se não houver votos para aprovar este ano, Temer respondeu: “Aí já fica marcada [a votação]. [Se não for possível] A ideia que o [Rodrigo] Maia tem é de encerrar a discussão e daí marca para fevereiro”, afirmou. O presidente disse que a reforma não será colocada em votação caso corra risco de ser derrotada. A estratégia é evitar “constrangimento” à base aliada, disse. “A prudência recomenda que se analise com muito cuidado para não constranger os deputados”, disse.
PRIVILÉGIOS
Mais cedo, Temer fez uma cobrança pública à base aliada e afirmou que não há argumentos para que parlamentares governistas não apoiem a proposta. Na posse da nova diretoria da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), ele disse que a única justificativa possível para ser contra a iniciativa é a manutenção de privilégios para servidores públicos que ganham mais de R$ 5 mil.
“A única razão seria, bom, não voto pela reforma previdenciária porque ela alcança os servidores públicos que ganham mais de R$ 5 mil, que é o teto”, disse. “Quando tiver de dar explicação, é porque vota a favor daqueles que são privilegiados ou que se utilizam de certas demasias do nosso sistema”, acrescentou. Mesmo com a expectativa pessimista de votar neste ano, Temer tem feito um último esforço para evitar que ela fique para o ano que vem.
Nesta terça-feira (12), ele promoverá encontro com investidores e empresários para pedir ajuda. O objetivo é que eles pressionem parlamentares indecisos da base aliada a votarem a proposta na próxima semana.
Na segunda-feira (11), o presidente ordenou que as pastas da Saúde, Cidades e Integração Nacional agilizem para até a próxima semana a liberação de emendas parlamentares travadas desde o mês passado. Segundo a Folha apurou, só na Saúde o montante é de pelo menos R$ 500 milhões em reformas de unidades hospitalares e entrega de ambulâncias. Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícias ao Minuto
Por: MP