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Viaduto que cedeu 2 metros na Marginal Pinheiros pode desabar, diz secretário

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Viaduto que cedeu 2 metros na Marginal Pinheiros pode desabar, diz secretário
O viaduto que teve um trecho que cedeu 2 metros na Marginal Pinheiros, próximo à ponte do Jaguaré, na Zona Oeste de São Paulo, na quinta-feira (15), pode cair, segundo o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Vitor Aly. Os trens que passam embaixo do viaduto fazem com que a estrutura vibre.

A pista expressa da Marginal Pinheiros está fechada desde o incidente, sentido Castelo Branco, desde a ponte Transamérica até a ponte do Jaguaré. Quando o viaduto cedeu, 5 veículos que estavam trafegando na pista voaram. O trânsito está sendo desviado para as três faixas da pista local. Desde a madrugada, equipes trabalharam no local para escorar a estrutura.

Devido ao risco, a linha 9-Esmeralda da CPTM, que passa sob o viaduto, foi interrompida entre as estações Pinheiros e Ceasa. As estações Villa-Lobos e USP-Cidade Universitária estão fechadas. O sistema de ônibus gratuito Paese foi acionado, segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelisioni.

“Nós passamos a noite inteira monitorando, e percebemos uma movimentação agora pela manhã. Ouvindo especialistas, subimos nosso índice de criticidade da estrutura. Nós vamos acelerar os procedimentos de segurança, de apoio à estrutura, para que as pessoas possam trabalhar com segurança”, disse Aly.

“Vamos diminuir o número de pessoas a trabalhar, para que possam trabalhar com segurança em condição crítica como essa. Antes que vocês perguntem se piorou a situação de estabilidade do viaduto, piorou. Se existe a possibilidade de ruína, existe a possibilidade de ruína”, acrescentou o secretário.

“Nós, inclusive, já ligamos para secretário Estadual de Negócios Metropolitanos e pedimos para a CPTM diminuir a velocidade do trem, que o trem estava vibrando e fazendo com que a estrutura se movimentasse. Então o momento agora é de criticidade, e nós vamos acelerar o processo de escoramento para que a gente consiga, após estabilizarmos a estrutura, dar prosseguimento ao trabalho de segurança e recuperação dessa estrutura”, acrescentou o secretári municipal de Obras.

Na manhã desta sexta, equipes e técnicos continuavam o trabalho de escoramento do viaduto e análises do solo.

Segundo Henrique Dines, professor e engenheiro civil especialista em pontes, o problema no apoio do viaduto pode ter sido a causa da queda da estrutura.

“O problema mais grave foi no rompimento da travessa, uma ruptura brusca, talvez por fadiga de materiais, por corrosão das armaduras, porque essa travessa se encontra exatamente numa junta de dilatação do viaduto e, talvez pela infiltração de água, com o tempo tenha ocorrido a corrosão das armaduras. O problema está no apoio”, afirmou o especialista.

De acordo com ele, as fissuras que foram encontradas no viaduto não parecem ter sido a causa do deslocamento da via. “Aparentemente essa fissura é consequência do problema que gerou essa ruptura no viaduto. O que rompeu na verdade foi o apoio do viaduto sobre o pilar extremo.”

Na quinta, técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) fizeram uma primeira vistoria de estrutura que cedeu. Eles verificaram uma fissura que se estende por todo o viaduto. A fissura é preocupante e demonstra que no ponto há um risco para a estrutura. O viaduto passa por cima da linha-9 e de um canteiro de obras da CPTM.

Fonte: G1

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