137 pessoas perderam a vida no fatídico voo 402 da VASP em 1982
A maior tragédia envolvendo um avião no território cearense, completa neste sábado, 8 de junho, 42 anos. O fatídico voo 402 operado pela VASP, chocou-se com um morro na serra de Pacatuba, a cerca de 30 quilômetros ao sul de Fortaleza (CE). O avião explodiu às 2h25. Morreram os 137 ocupantes.
O Boeing levantou vôo de São Paulo com destino a Fortaleza. Fez escala no Rio de Janeiro. Faltavam menos de três minutos para o avião descer no aeroporto Pinto Martins. A aproximadamente 250 quilômetros de Fortaleza, o comandante foi autorizado a baixar o avião de 10 mil metros de altitude para 1,5 mil metros – já em procedimento de pouso. O avião chocou-se com a serra a 600 metros de altura.
Quando a Aeronáutica e a Polícia Militar chegaram ao local, mais de cem pessoas da região saqueavam os destroços. Um mês depois, o Ministério da Aeronáutica divulgava nota indicando que, segundo investigação, o acidente havia ocorrido exclusivamente por falha pessoal de seus comandantes.
Houve, segundo a nota oficial, completo descumprimento, por parte do comandante, das normas e instruções de tráfego aéreo emitidas pelo órgão de controle. No jargão aeronáutico, o acidente foi um CFIT (sigla em inglês para colisão com solo em vôo controlado), em comunicação com controladores de voos, o comandante pediu para deixar o nível de cruzeiro a aproximadamente 253 km de Fortaleza, quando pelas cartas de navegação utilizadas para a aproximação ao Aeroporto Pinto Martins deveria fazê-lo a 159 km.
Tanto o controle de tráfego quanto o seu auxiliar não questionaram o motivo de descer tão longe. Ao estabilizar na altitude autorizada pelo tráfego, já dava para ver as luzes da capital cearense. Foi quando o co-piloto disse: “Não tem uns morrotes aí na frente?”. Nesse momento, o Boeing da VASP já sobrevoava a região de Pacatuba. Seis alarmes de alerta de colisão soaram na cabine, mas o piloto os ignorou. E às 02h53, o Boeing 727 se chocou e explodiu contra a Serra de Aratanha sem deixar sobreviventes.
Entre os mortos, estava o empresário Edson Queiroz, presidente de um dos mais importantes conglomerados empresariais do Norte e Nordeste do Brasil e um dos primeiros distribuidores de GLP (gás de cozinha).
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