A verdade só virá à tona no próximo dia 26, prazo limite para os registros no TRE

Encerrado no último dia 16, o prazo para as convenções municipais, onde os partido políticos escolheram seus candidatos para as eleições de novembro próximo, nove (09) nomes foram homologados para a disputa majoritária, ou seja, a cadeira de prefeito no município.

Porém, algumas dúvidas pairam sobre um desses nomes. Se o declarado candidato, conseguirá o registro definitivo no TRE. Dúvida esta que só será esclarecida no próximo dia 26, prazo limite para o registro das candidaturas no órgão eleitoral.

O nome em discussão é o do ex-prefeito e ex-deputado federal José Gerardo Arruda (MDB). Popularmente chamado de Zé Gerardo. E porque esta dúvida? Quem tem acompanhado sua conduta nos últimos pleitos eleitorais, deve ter percebido que o mesmo tem tido um comportamento de “jogador de Pôker”, ou seja, onde o blefe é a principal prática de quem o joga.

Quem não lembra da eleição de 2010 quando registrou sua candidatura e na data limite acabou colocando seu filho “Gera”, que terminou a eleição como suplente de deputado federal. Em 2014 também gerou grande expectativa e acabou apoiando Mauro Benevides.

Quem acompanha a política do Ceará e principalmente a de Caucaia, sabe que Zé Gerardo foi o primeiro deputado federal cassado por crime de responsabilidade após a constituição de 1988. Pena essa, que para muitas pessoas que opinam sobre política, ainda está em vigência, impedindo-o portanto de concorrer a qualquer cargo político.

Inês na vice

A convenção realizada na última terça-feira (15), homologou o nome de sua esposa, a ex-prefeita e ex-deputada estadual Inês Arruda, em uma dobradinha chamada por alguns de “chapa pura ou ainda chapa caseira”. Tal atitude, soa no meio político como uma forma de Inês vir a ser a cabeça da chapa em caso de o mesmo não conseguir registro de seu nome para a disputa. Se vier a se confirmar, aí estará configurado mais um blefe de Zé Gerardo.

Há até quem afirme que na hora da decisão, nenhum dos dois registrará sua candidatura.

Até a data limite para o registros das candidaturas, a dúvida permanece. Afinal, é mais um blefe ou não de Zé Gerardo? Só no dia 26 saberemos. Portanto, A G U A R D E M O S.

Biografia

José Gerardo Oliveira de Arruda Filho nasceu em Fortaleza no dia 30 de abril de 1959, filho de José Gerardo Oliveira de Arruda e de Raimunda Coelho de Arruda.

Cursou o segundo grau no Colégio Equipe, em Fortaleza, entre 1974 e 1977.

Diretor-supervisor de obras da construtora Sancol, entre 1980 e 1982, ocupou, a partir desse último ano, a mesma função na Eletronorte. Secretário do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) do Ceará entre 1982 e 1983, filiou-se, em 1985, ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), mesmo ano em que deixou a Eletronor, tornando-se sócio-gerente e diretor-presidente da Lívia Construtora Ltda., em Caucaia (CE). Ainda em 1985, tornou-se delegado no diretório municipal de Caucaia. Foi também diretor da Rádio Metropolitana em Fortaleza.

Diretor-presidente da ZGA Limpeza e Conservação, sediada em Fortaleza, depois sócio-gerente da Rádio Caiçara, com sede no município de Sobral (CE), e diretor-presidente da ZGA Mineração e Britagem Ltda. em Caucaia, entre 1993 e 1994, resolveu participar mais ativamente da política. Já desligado do PMDB e após breve passagem pelo Partido Social Cristão (PSC), entrou para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Nas eleições de outubro de 1994, concorreu sob o cognome “Zé Gerardo” a uma cadeira de deputado federal pelo Ceará. Eleito, tendo como base eleitoral a região metropolitana de Fortaleza, iniciou o mandato em fevereiro de 1995. Membro da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior (1995-1997), mostrou-se simpático ao projeto do governo Fernando Henrique Cardoso ao votar a favor da quebra do monopólio do gás canalizado (somente em primeiro turno), das telecomunicações e do petróleo. Foi a favor também da criação do Fundo Social de Emergência (FSE) e da redefinição do conceito de empresa nacional e faltou à votação sobre a abertura da navegação de cabotagem. Todas as propostas foram aprovadas pela Câmara.

Zé Gerardo engrossou a lista dos deputados faltosos que trocaram o plenário da Câmara pela campanha política em seus respectivos municípios e no pleito de outubro de 1996 disputou a prefeitura de Caucaia na legenda do PSDB. Eleito, foi substituído na Câmara pelo deputado Raimundo Matos, do PSDB, assumindo a prefeitura em 1º de janeiro de 1997.

Tentou a reeleição em Caucaia no pleito de outubro de 2000, mas foi derrotado pelo candidato Domingos Pontes, do Partido Progressista (PP). Deixou a prefeitura ao final do mandato, em dezembro, e também o PSDB, retornando ao PMDB.

Nas eleições de 2002, obteve novo mandato para a Câmara Federal, pelo Ceará, na legenda do PMDB. Na nova legislatura, assumiria, em 2004, a vice-liderança de seu partido.

Reelegeu-se deputado federal no pleito de 2006, tomando posse do novo mandato em 1º de fevereiro de 2007.

Ainda em 2007, Zé Gerardo respondia a duas ações penais e a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de responsabilidade, em ações relacionadas à prestação de contas e desvio de verbas públicas durante sua gestão na Prefeitura de Caucaia (CE). 

Casou-se com Inês Maria Correia de Alcântara, com quem teve três filhos.

Fonte: Câmara Federal.

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