O maior reservatório do Ceará agoniza com seis anos de seca
O volume de água no Açude do Castanhão, no Ceará, responsável pelo abastecimento de água da região metropolitana de Fortaleza, onde vive quase metade da população do estado, atingiu o seu volume morto, quando o nível da água fica abaixo da captação normal. O reservatório tem capacidade para acumular 6,7 bilhões de metros cúbicos (m³) de água.
De acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão responsável pela administração do açude, o volume morto foi alcançado no último dia 13. Nesse dia, “o Castanhão atingiu cota de 68,73, que corresponde ao volume de 228.599.505 m³, abaixo da cota 71, que corresponde ao início de seu volume morto”, informou o Dnocs.
A redução do nível de água do Castanhão é consequência de seis anos de seca na região que fez com que diminuísse a vazão da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe. Este ciclo de estiagem atingiu também outros açudes do estado, entre eles, Orós e Banabuiú.
As águas do Castanhão abastecem também oito cidades ao longo de um trecho de 100 quilômetros do Jaguaribe, que foi perenizado pela obra do açude, além dos municípios que ficam ao longo do Eixão das Águas e do antigo Canal do Trabalhador.
Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, o Castanhão é o maior reservatório público do país para múltiplos usos. Concluído em 2003, sua barragem fica localizada no município de Alto Santo e constitui importante reserva estratégica de água. É utilizado para irrigação, abastecimento urbano, piscicultura e regularização da vazão do Rio Jaguaribe.
Agência Brasil