CGD acatou a sugestão do Relatório Final da Comissão Processante para demitir o PM Foto: Fabiane de Paula

A demissão do cabo Mayron Myrray Bezerra Aranha da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi publicada em portaria no Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (16)

Um policial militar do Ceará foi demitido da Corporação, por decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). Ele é acusado de tentar matar a tiros a própria companheira, no Município de Barbalha, na Região do Cariri, em maio de 2020. A demissão do cabo Mayron Myrray Bezerra Aranha da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi publicada em portaria no Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (16), após a CGD acatar a sugestão do Relatório Final da Comissão Processante. A defesa do PM não foi localizada para comentar a decisão.

A Controladoria considerou que o militar cometeu “faltas funcionais atentatórias aos direitos humanos fundamentais e de natureza desonrosa, condições previstas legalmente como necessárias para classificar uma transgressão como de natureza grave” e concluiu que “a praça acusada não reúne a capacidade moral para permanecer nos quadros da PMCE”. 

Segundo a portaria, Mayron Myrray foi indiciado e preso pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) pela tentativa de feminicídio, por motivo fútil e com uso de arma de fogo, contra a própria companheira, ocorrido no dia 8 de maio de 2020, na Avenida Leão Sampaio, em Barbalha.

O casal estava em uma chácara, quando a mulher teria se recusado a ter relações sexuais com o acusado, o que o motivou a atirar no braço dela. Ela correu para uma via pública para pedir ajuda e foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a levou para o hospital, onde passou por cirurgia. Além da tentativa de feminicídio, o PM teria cometido outros crimes naquele dia, de acordo com a CGD: disparo de arma de fogo, porte ilegal de arma de fogo, direção de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada por influência de álcool e fuga do local em que se deu a prática criminosa. O processo criminal tramita em segredo de justiça.

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