O projeto da fabricante europeia aposta nos motores turboélices, assim como o STOUT da Embraer, que é um projeto feito em parceria com a Força Aérea Brasileira

Aeronaves turboélices mais ecológicas de tornaram uma tendência para o futuro da aviação, com vários conceitos sendo apresentados nos últimos meses, inclusive pela brasileira Embraer. Agora, a Airbus apresenta um novo projeto, mas ele vem com seis motores.

O projeto da fabricante europeia aposta nos motores turboélices, assim como o STOUT da Embraer, que é um projeto feito em parceria com a Força Aérea Brasileira. No entanto, o modelo da Airbus aposta em pods, que são casulos com motores turboélices tendo como combustível células de hidrogênio. A fabricante inicia agora uma avaliação para verificar se esta configuração será viável em aviões comerciais, começando por um avião regional de seis casulos.

Cada casulo é composto de um motor, que tem oito pás e que funcionariam de maneira um pouco diferente dos atuais: “a configuração de pod consiste, essencialmente, na distribuição do sistema de propulsão com células de combustível dentro dos seis casulos pela asa”, afirma Matthieu Thomas, Arquiteto Líder do projeto de aviões ZEROe da Airbus.

O projeto ZEROe já apresentou outros conceitos como mostramos aqui em setembro deste ano. Na época, inclusive, um turboélice foi apresentado, mas bimotor, e agora ele volta hexamotor, mais próximo do brasileiro STOUT, que tem quatro, sendo dois deles elétricos e também em casulos.

Na prática, a grande diferença é que o combustível não ficará mais nas asas ou na fuselagem, mas sim dentro destes casulos, que são maiores que as carenagens que abrigam os motores turboélices de hoje. Outro ponto destacado pela empresa é que os casulos são uma espécie de “plug-and-play“, ou seja, podem ser retirados e colocados sem precisar de grande intervenção, facilitando a manutenção.

O hidrogênio tem que se manter em estado líquido e é altamente inflável, por isso a Airbus tem visto maior viabilidade em manter o combustível dentro dos casulos, num formato especial e próximo do sistema de propulsão, sem grandes tanques pelas asas e fuselagem, o que poderia trazer maior complexidade e risco ao projeto.

De qualquer forma, este é apenas um conceito, adicionado ao portfólio dos três outros apresentados em setembro. Até 2025, a empresa refinará estes designs, também criando outros conceitos e, naquele ano, irá revelar uma decisão final sobre qual projeto e caminho seguir.

Com informações do site Aeroin

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