Uma ‘marcha’ até Brasília, com representantes das prefeituras e federações cearenses foi definida na reunião da Comissão Especial para acompanhar e monitorar o andamento das obras de transposição do rio São Francisco, na sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa.
Segundo o deputado Carlos Matos (PSDB), presidente da Comissão, a mobilização ocorrerá no dia 23 de novembro e será uma forma de pressionar o Governo Federal para tomar as medidas necessárias para a conclusão das obras.
Ficou acertada ainda para a próxima sexta-feira (18), às 15h, uma reunião com a bancada federal e entre os deputados estaduais, para montar estratégias. As ações, segundo Carlos Matos, são para evitar um colapso hídrico em Fortaleza, Região Metropolitana e nos setores produtivos cearenses.
No cronograma apresentado pelo Governo Federal, as obras deveriam estar prontas no fim deste ano. Com a paralisação, há cerca de três meses, o Ceará depende ainda mais da ocorrência de chuvas em 2017 para não sofrer os efeitos do atraso do projeto, que está com quase 90% de avanço.
De acordo com o parlamentar, o novo cronograma do Ministério da Integração Nacional sinaliza que as águas cheguem ao reservatório de Jati, no Cariri, em agosto de 2017. “Isso significa chegar apenas em novembro aqui no Castanhão”, salientou.
Presente a reunião, o deputado federal Danilo Forte (PSB), saiu em defesa da união de forças políticas. Ele lembrou que não caminhou ao lado do governador Camilo Santana em seu projeto político em 2014, mas entende que é necessário uma mobilização que chame a atenção do Brasil para o risco de sobrevivência. O socialista exortou que “é necessário apressarmos o projeto em curso. São Paulo buscou e tirou 4 milhões de reais no período em que esteve retirando água do volume morte do Cantareira. Houve mobilização nacional inclusive da mídia. Aqui no Nordeste talvez estejamos perdendo a oportunidade de fazer igual. É urgente uma mobilização até por uma questão de sobrevivência. Não adianta pensarmos em projeto para 2018, pois corre-se o risco desta discussão cair no esquecimento e quem vai pagar são os menos favorecidos e os empresários sem água para tocar suas empresas”, pontuou,