No espaço, sem o forte campo magnético da Terra e sem atmosfera, o incessante bombardeio de raios cósmicos tem o potencial de causar sérios danos
Os astronautas de uma futura viagem a Marte estarão expostos, na ida e volta ao planeta vermelho, a cerca de 60% do total de radiação recomendada para toda a sua carreira profissional, refere um estudo divulgado na noite de quarta-feira (19).
A Agência Espacial Europeia (ESA) chegou a esta conclusão, que apresentou no Congresso Europeu de Ciências Planetárias EPSC), que acontece esta semana em Berlim, após analisar dados recolhidos por satélites da missão ExoMars, um projeto em que também participa a agência espacial russa Roscosmos.
No espaço, sem o forte campo magnético da Terra e sem atmosfera, o incessante bombardeio de raios cósmicos “tem o potencial de causar sérios danos aos humanos”, indicou a ESA, em comunicado.
Esta exposição, muito maior do que a dos astronautas que trabalham na Estação Espacial Internacional, eleva o risco de câncer, além de deixar sequelas no sistema nervoso central e provocar enfermidades degenerativas, segundo a ESA.
“Um dos fatores básicos na planificação e desenho de uma missão tripulada de longa duração a Marte é calcular os riscos derivados da radiação”, explicou Jordanka Semkova, da Academia de Ciências búlgara. Com informações da Lusa.