Com a saída marcada por aplausos da equipe do hospital nessa terça-feira, 17, a pequena Maria Ritta ficou internada durante três meses e 12 dias em decorrência de um parto prematuro de 24 semanas

Atualizada ás 10h11 de 20/08/2021

Pesando apenas 620 gramas, a bebê Maria Ritta nasceu prematuramente com 24 semanas de gestação no Centro de Parto Normal do Hospital Regional Norte (HRN), no último dia 5 de maio. Durante a gravidez, a mãe da criança, Francisca Leiliane Miguel de Alcântara, 37, sofria sangramentos periódicos em decorrência de um mioma no útero, fator que levou o parto a ser realizado antes do tempo previsto.

Além de ficar internada por mais de dois meses na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), a bebê também passou por outros setores da neonatologia do HRN. “No segundo mês, eu comecei a sangrar. No quarto mês, novamente. Ele [mioma] estava aumentando dentro de mim, como se estivesse expulsando o feto, por isso o nascimento dela foi prematuro aos 6 meses”, explica a mãe.

De acordo com Leiliane, a bebê desenvolveu broncodisplasia pulmonar, doença que gera alterações na respiração de recém-nascidos prematuros. Após três meses e 12 dias de internação, no entanto, mãe e filha puderam ir para casa. A saída aconteceu nessa terça-feira, 17, sob aplausos da equipe do hospital. Maria Ritta estava pesando pouco mais de 2,5 kg ao sair da unidade.

A mãe ressalta que a fé e o bom acolhimento no hospital foram fatores primordiais para que tudo desse certo, sendo possível levar a filha saudável para casa. “Cada dia era uma novidade. Tinham dias que ela tinha uma piora, e a doutora Renata me explicava que era assim mesmo, os prematuros são assim. Isso ia me dando força e esperança”, conta Leiliane.

O pai da bebê, Edvaldo Carlos de Alcântara, 34, esposo de Leiliane, também foi peça fundamental para dar forças à mãe durante o período de internação. Acompanhando o parto de perto, ele ficou em constante contato com a esposa por meio de ligações durante os meses no hospital, sempre esperançoso de que o pior já tinha passado.

De acordo com a médica neonatologista do HRN, Renata Freitas, reponsável por acompanhar a pequena Maria Ritta, o serviço da neonatologia vem evoluindo para a recuperação das crianças prematuras. “As altas de bebês nascidos tão prematuros estão cada vez mais frequentes”, explica.

Prematuridade

Segundo o portal do Governo do Ceará, Dra. Renata Freitas explica que a prematuridade pode ser evitada mediante um pré-natal adequado, capaz de identificar doenças pré-existentes e infecções, além de um planejamento dos filhos. Ela destaca também que durante a pandemia da Covid-19, o número de crianças nascidas prematuramente aumentou. 

“Percebemos um aumento no número de nascimentos prematuros durante a pandemia, tendo como causas não apenas as mães que tiveram a doença, mas também doenças crônicas não controladas durante o pré-natal e gravidezes não planejadas”, finaliza.

Fonte: O Povo Online

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here