Estudo conduzido por uma equipe de pesquisadores dos EUA foi publicado recentemente
Cientistas da Dartmouth College, nos EUA, conduziram um estudo com Claudio Vieira, um brasileiro com Artrogripose Múltipla Congênita (AMC), condição que o fez nascer com pernas atrofiadas, braços colados no peitoral e a cabeça virada para trás e invertida.
O estudo fora feito com o objetivo de entender como a orientação dos rostos afeta o reconhecimento. Claudio, que nasceu com graves limitações físicas, possui uma notável capacidade de reconhecer rostos, mesmo quando estão invertidos.
Mecanismos evolutivos e experiência
Segundo o jornal O Globo, os cientistas observam que nossa habilidade com rostos verticais parece ser resultado de uma combinação de mecanismos evolutivos e experiência.
“Quase todo mundo tem muito mais experiência com rostos verticais e ancestrais cuja reprodução foi influenciada pela sua capacidade de processar rostos verticais, por isso não é fácil separar a influência da experiência e dos mecanismos desenvolvidos adaptados para rostos verticais em participantes típicos”, disse Brad Duchaine, autor principal do estudo e psicólogo da Dartmouth College.
Incertezas
Há bastante tempo, os pesquisadores têm conhecimento de que nossa habilidade de reconhecer rostos diminui consideravelmente quando um rosto está girado 180 graus.
No entanto, sempre foi uma tarefa desafiadora determinar se essa queda na capacidade se deve a mecanismos evolutivos que gradualmente moldaram as nossas habilidades de processamento facial ao longo do tempo ou, simplesmente, porque a maioria de nós interage principalmente com pessoas e as enxerga com os rostos na posição vertical.
Os cientistas começaram então a questionar como a perspectiva única de Cláudio em relação aos rostos afeta sua capacidade de detecção e correspondência facial. Para investigar isso, eles iniciaram testes sobre a capacidade do brasileiro em identificar rostos em 2015 e 2019.
Os resultados do estudo revelaram que Vieira foi mais preciso do que os controles com detecção invertida e julgamentos do efeito Thatcher (ou seja, com o rosto invertido), mas obteve pontuação semelhante aos controles com correspondência de identidade facial.
Conclusão dos pesquisadores
Os pesquisadores concluíram que nossa habilidade de reconhecer rostos em posição vertical é influenciada por uma combinação de fatores, incluindo mecanismos evolutivos e experiência pessoal.
Duchaine, o autor principal do estudo, destacou: “Como Cláudio parece ter mais experiência com rostos verticais do que com rostos invertidos e ele viu rostos de um ponto de vista invertido, é revelador que ele não se sai melhor com rostos verticais do que com rostos invertidos para detecção de rosto e rosto”.
Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse GAZETA DA JUREMA e acompanhe o que está acontecendo no Brasil e no mundo com apenas um clique:http://gazetadajurema.com.br/ e nos siga no Instagram https://www.instagram.com/gazetadajurema/
Seja um apoiador do site e ajude a continuarmos gerando conteúdos. Colabore com qualquer valor pelo PIX abaixo!