Por ser um dos cânceres mais silenciosos e cujo diagnóstico é feito de forma tardia, o do pâncreas é aquele que mais mata

pâncreas é uma glândula localizada na zona do abdômen e que fica atrás do estômago e à frente da coluna vertebral. As duas funções principais desta glândulas são o bom funcionamento da digestão e a regulação do açúcar no sangue.

Assim como acontece com os outros tipos de câncer, o do pâncreas começa quando as células anormais nesta glândulas não são capazes de se ‘suicidar’, ficam fora do controle e formam um tumor.

Por ser um dos cânceres mais silenciosos e cujo diagnóstico é feito de forma tardia – uma vez que muitos sintomas confundem-se facilmente com outras patologias ou são tão banais que acabam por ser desvalorizados -, o do pâncreas é aquele que mais mata, sendo que os pacientes sobrevivem em média apenas cinco anos após o diagnóstico da doença.

Sintomas e fatores de risco

Apesar de se tratar de uma doença que passa muitas vezes despercebida, sendo apenas diagnosticada numa fase mais avançada, sintomas como dor abdominal, inchaço abdominal, náusea e diarreia sem causas aparentes são alguns dos sintomas que devem ser avaliados o quanto antes, especialmente se vierem acompanhados de uma perda de peso inesperada, diminuição de apetite e aumento considerável dos níveis de açúcar no sangue (ou recente diagnóstico de diabetes).

Estes sintomas devem ser vistos com atenção por todas as pessoas, mas em particular por aquelas que encaixam no chamado grupo de risco. São elas as que têm histórico familiar da doença, que seguem um padrão alimentar rico em carne e alimentos processados, as que são obesas, fumantes ou já idosas, uma vez que a doença tende a ser mais comum na velhice.

Os homens também tendem a ser mais afetados por este tipo de câncer do que as mulheres. As pessoas com algum tipo de doença crônica associada ao pâncreas devem também prestar mais atenção aos potenciais sintomas.

Pequena luz ao fundo de um (ainda) interminável túnel

Um recente estudo da Universidade de Rochester, publicado na revista científica Journal JAMA Oncology, revela que existem quatro genes que podem determinar a taxa de sobrevivência.

Para o estudo, lê-se no Economic Times, os cientistas recorreram a 356 pessoas com adenocarcinoma (o tipo de câncer pancreático mais comum e cujo tumor pode ser removido) e concluíram que aquelas que tinham três a quatro mutações genéticas de quatro genes específicos apresentavam uma menor probabilidade de sobrevivência quando comparados com aqueles que apresentam apenas uma ou duas mutações genéticas.

Os genes em causa são o KRAS, CDKN2A, SMAD4 e TP53, genes que foram analisados nos tumores removidos dos pacientes envolvidos no estudo.

Um outro estudo, publicado esta semana na revista International Journal of Oncology, defende que será possível encontrar uma forma de manipular o sistema imunológico de forma a que fique mais resistente aos tratamentos deste tipo de câncer, conseguindo, com isso, aumentar a esperança média de vida dos pacientes.

Fonte: Notícias ao Minuto

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