RIO DE JANEIRO (Reuters) – O capitão da seleção brasileira de futebol na conquista do tricampeonato mundial, Carlos Alberto Torres, morreu aos 72 anos no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, após sofrer um infarto.
Autor de um dos gols mais lembrados de todas as Copas do Mundo, Carlos Alberto iniciou a carreira no Fluminense e jogou também no Santos, Botafogo, Flamengo e até no Cosmos, de Nova York.
O lateral-direito marcou o quarto gol do Brasil na vitória por 4 x 1 sobre a Itália no Estádio Azteca, no México, em um lance que envolveu nove jogadores, pouco antes de levantar a taça Jules Rimet no terceiro título mundial do Brasil.
Em um time com nomes como Pelé, Rivellino, Tostão e Jairzinho, Carlos Alberto, na época com 25 anos, se tornou o capitão entre jogadores acostumados a serem capitães em seus clubes.
Em comunicado, Pelé lamentou a morte de Carlos Alberto e lembrou dos êxitos da dupla.
“Fico triste com a morte do meu amigo irmão Carlos Alberto, nosso querido ‘Capita’, lembrando dos tempos que estivemos juntos no Santos, na seleção brasileira e no Cosmos, formando uma parceria vencedora”, disse. “Fomos campeões no Santos, na seleção e no Cosmos.”
Carlos Alberto teve passagens também como treinador pelo Flamengo, Botafogo e Fluminense, entre outros. Atualmente trabalhava como comentarista esportivo na emissora SporTV.
“É com profundo pesar que o Botafogo lamenta a morte do ídolo Carlos Alberto Torres”, afirmou o clube em nota, uma das primeiras a ser divulgada após a informação da morte do ex-jogador. “Capita, como conhecido carinhosamente, marcou o seu nome na história do clube.”
No Santos, Torres disputou 445 partidas e marcou 40 gols entre 1965 e 1975, “e é considerado o melhor lateral-direito da história do Alvinegro Praiano”, disse o clube paulista.