Com resultado, Vovô permanece na zona de rebaixamento, mas com um jogo a menos
Em 90 minutos de bola rolando, o torcedor do Ceará ensaiou a comemoração inúmeras vezes, mas deixou o Castelão com o sabor amargo do empate sem gols. Com dois tempos distintos, o Vovô empatou ontem com o Botafogo, permanece assim na zona de rebaixamento e tem 31 pontos, na a 17ª posição da Série A.
Apesar do péssimo resultado em casa, principalmente pelas circunstâncias da partida com pênalti desperdiçado por Arthur ainda no 1º tempo, a equipe pode sair da Z-4 com uma vitória no próximo jogo. Vale lembrar que o clube do Porangabuçu tem uma partida a menos devido ao adiamento do encontro contra o Cruzeiro.
Entretanto, pesa contra o Ceará o fato de o Botafogo ser adversário direto na luta pela permanência na primeira divisão. O empate preocupa tendo em vista a sequência difícil que tem pela frente, com dois duelos seguidos fora de casa diante de Palmeiras e Cruzeiro. Depois, volta ao Castelão para encarar o Atlético-MG.
Empurrado pela torcida, o alvinegro cearense propôs o jogo com marcação da saída de bola e transições rápidas, e encurralou o Botafogo no campo de defesa nos 45 minutos iniciais, com o time carioca não gerando qualquer perigo ofensivo.
O escrete comandado pelo técnico Lisca chegou como quis e abusou dos gols perdidos. Foram pelo menos quatro chances claras para balançar as redes, sendo três com Juninho Quixadá, que pecou por preciosismo em duas delas, e o pênalti desperdiçado por Arthur, que chutou para fora de meta defendida por Saulo.
Na etapa final, o jogo ganhou outra dinâmica. De um duelo tranquilo para muita tensão, já que o Botafogo mudou a sua postura, arrumou a defesa e dificultou para o time de Lisca.
O Vovô não conseguiu repetir o domínio, mas criou as melhores jogadas. Quixadá ainda fez o torcedor soltar o grito da comemoração ao balançar as redes com ótima cabeçada, mas o meio-campista estava impedido. Mesmo sem a consistência do 1º tempo, o Ceará pressionou e só não saiu com o triunfo também porque Saulo fez “milagres” ao salvar duas finalizações de cabeça seguidas, uma de Edinho e outra de Juninho Quixadá.
Ao término do confronto o Ceará tinha finalizado 21 vezes contra apenas oito do Botafogo, que exigiu apenas uma boa defesa de Everson, retrato de um resultado para se lamentar.
Fonte: O Povo
