As medidas atuais seguem até 23 de agosto
O governador Camilo Santana (PT) anunciou, nesta sexta-feira (6), a confirmação de 15 casos da variante Delta da Covid-19 no Ceará. Diante disto, as medidas de flexibilização da economia não avançarão no Estado. Portanto, o decreto atual será mantido até 23 de agosto.
As informações foram divulgadas durante transmissão ao vivo do novo decreto de isolamento social. A decisão, explicou, é para evitar a transmissão comunitária da variante. Os casos confirmados são de passageiros procedentes do Rio de Janeiro, México, Recife e São Paulo.
Os contaminados e seus respectivos contatos são monitorados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Segundo o secretário da Saúde do Estado, Dr. Cabeto, 5% dos passageiros e tripulantes de voos são submetidos à testagem aleatória no Centro de Testagem do Aeroporto de Fortaleza.
O Estado também vai requerer à Justiça que os viajantes sejam testados antes do embarque ou comprovem que estão imunizados com as duas doses de vacina contra a Covid-19.
Originária da Índia, a mutação do vírus é mais transmissível e obrigou a volta do lockdwon em vários países.
COMO FICAM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO NO CEARÁ
No último decreto, o chefe do executivo autorizou a liberação de eventos sociais para 100 e 200 pessoas em ambientes fechados e abertos, respectivamente. O texto incluiu, também, a reabertura de teatros e a ampliação do horário do setor de alimentação fora do lar.
O último documento, publicado no sábado (24), segue em vigor até 8 de agosto. Com a prorrogação, essas medidas permanecem até 23 de agosto.
No Ceará, o último lockdown ocorreu entre 13 de março e 12 de abril deste ano. Desde então, as liberações de atividades econômicas começaram a ocorrer e chegaram à fase de maior relaxamento das medidas em 26 de julho último.
AQUISIÇÃO DE VACINAS
Camilo acrescentou que o Governo Federal tem dificultado a entrada da vacina russa no Brasil. Nesse contexto, os governadores do Nordeste resolveram suspender a compra direta da Sputnik V “até que se resolvam essas questões técnicas”.
Ele destacou que já firmou acordo para a compra de 3 milhões de doses da Sinovac com o Instituo Butantan.
Outra medida, enumerou, é que o Estado, Ministérios Públicos do Estado (MPCE), Federal (MPF) e do Trabalho (MPT) ajuizaram uma ação civil pública contra a União para que o Ministério da Saúde justifique a disparidade na distribuição de doses nos estados brasileiros.
Fonte: Diário do Nordeste