Brigou com o namorado? Respire fundo. Teu chefe te deu aquela chunchada? Respire fundo. O dia não acaba? Respire fundo. A paciência já foi pro beleléu? Respire fundo.
Você já reparou que dar uma bela de uma respirada profunda pode ser o melhor dos calmantes? Esse comportamento instintivo é bastante usado em momentos de raiva ou em movimentos de ioga como forma de afastar o estresse e trazer um pouco mais de tranquilidade à mente. Agora, a Ciência parece ter finalmente compreendido como essa prática é capaz de nos relaxar.
Na década de 1990, pesquisadores encontraram um grupo de 3 mil neurônios que monitoram a maneira como a gente respira, retransmitindo os dados para o cérebro e dizendo qual é o nosso estado de espírito. Só que esse mecanismo não era muito claro, por isso um novo estudo tentou analisá-lo mais uma vez. Para isso, os cientistas procuraram descobrir quais são os genes mais ativos nessa região de neurônios, a fim de compreender se existe alguma explicação genética.
Primeiramente, eles inativaram 175 desses neurônios na mesma área cerebral de camundongos para ver qual seria o resultado. No começo, nada aconteceu; porém, com o tempo, os animais passaram a ficar cada vez mais calmos e com a respiração mais lenta e controlada.
Acredita-se que a ausência desses neurônios foi capaz de neutralizar a área do cérebro responsável pela agitação e pela excitação. Esse conjunto de 175 células neurológicas foi apelidado de “neurônios pranayama”, fazendo referência a um termo da yoga que fala da nossa fonte de energia – a saber, o “prana”.
Ainda não se sabe se nos humanos o funcionamento é idêntico, mas tudo leva a crer que sim. Em breve, novos estudos devem comprovar que esses 175 neurônios analisados podem servir como um intermediário entre nosso estado de espírito e a nossa respiração através da neutralização dos momentos de alerta.