Na ocorrência de Pacatuba, seis homens foram presos, com armamento pesado, inclusive um fuzil AK-47
De acordo com informações do Comando Tático Rural (Cotar), uma equipe que se deslocava em uma viatura, pela Rua José Jofre da Silva, em Boa Viagem, por volta de 0h05, deparou-se com um veículo Volkswagen Polo, de cor prata, que se assemelhava a um automóvel utilizado em um roubo de R$ 40 mil, no município de Pedra Branca.
Ao receber a ordem dos PMs para parar, os ocupantes do automóvel começaram a disparar vários tiros e a Polícia revidou. Após um suspeito ser atingido, os dois comparsas entraram em uma residência próxima, onde continuou a troca de tiros.
No confronto, três suspeitos, conhecidos como ‘Vandin’, ‘Nego’ (irmão do primeiro) e Ítalo, foram baleados e socorridos pela Polícia até o Hospital Municipal, onde foram constatadas as mortes. Dois policiais foram atingidos na perna. Um deles precisou ser levado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, e passou por uma cirurgia, após perder muito sangue.
Com o grupo, a Polícia apreendeu dois revólveres calibre 38, uma pistola Ponto 40, munição, cerca de R$ 5,5 mil e vários documentos de identificação. A Polícia suspeita que dois comparsas do trio estavam na residência e fugiram durante o tiroteio.
Fuzil
Após receber uma denúncia anônima de que homens estavam trafegando com armas de grosso calibre, o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) se deslocou até uma residência na Rua José Gomes, no bairro Banguê 1, no município de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e foi recebido a tiros.
A quadrilha estava fortemente armada, inclusive com um fuzil AK-47, calibre 762, importado da Geórgia, e a Polícia suspeita que os criminosos estivessem se preparando para realizar ataques a instituições financeiras e resgate de presos em uma unidade prisional do Estado. No tiroteio, morreram Davi Magalhães Pinheiro, 22; e Jacson Leandro Barbosa Barros, 28. Os presos foram Erinaldo Cardoso de Lima, 35; Carlos Roberlanio Macena da Silva, 42; Roberto Geyvson Badran, 33; João Victor Girão Fernandes, 18; Francisco Maurício Mendes da Costa, 21; e Francisco Thiago Girão, 28.
Com a organização criminosa, foram apreendidos o fuzil, três escopetas calibre 12, três pistolas calibre 380, munição, sete coletes balísticos, uma pequena quantidade de droga e cinco veículos (sendo um Volkswagen Polo, um Fiat Uno, um Chevrolet Celta e duas motocicletas). Uma das escopetas era pertencente à Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) e tinha sido roubada da Cadeia Pública de Horizonte, há cerca de dois meses.
Entretanto, o fuzil AK-47 foi a arma que mais chamou atenção das autoridades policiais. “É um armamento que nem a Polícia tem acesso. Produto importado, o Brasil não fabrica. O poder é devastador. Um tiro desse armamento fura viatura policial, colete balístico, até carro-forte. É proibido a Polícia brasileira usar. E você vê que está na mão de criminoso”, revelou o titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Polícia Civil, delegado Raphael Vilarinho.
Com exceção de Jacson Leandro, todos tinham passagens pela Polícia, por crimes como homicídio, roubo, associação criminosa e tráfico de drogas. Os presos foram autuados na DRF por tentativa de homicídio, receptação, tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, posse irregular de arma de fogo e associação criminosa.
A investigação inicial aponta que o bando iria atacar uma agência bancária na Região do Baturité. Segundo o delegado Vilarinho, o arsenal apreendido será periciado para saber se já foi utilizado em ações criminosas no Estado.
Acumulado
Mais de 100 suspeitos de cometerem crimes já morreram em confronto com a Polícia, no Estado, neste ano. O último balanço da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), do fim do mês de julho, era de 98 mortes. Em igual período de 2016, 56 suspeitos morreram em intervenções policiais, o que representa um aumento de 75% nas ocorrências do tipo, no ano corrente.
Com informações do Diário do Nordeste..