O projeto da maior usina de sal do Brasil em Fortaleza, no Ceará, se tornou palco de uma polêmica entre o governo do estado e provedores de internet. Tudo por causa do risco de apagão geral no Brasil.
A usina ficará na Praia do Futuro, próxima a cabos submarinos essenciais para o funcionamento de internet no Brasil. O local é um dos maiores hubs de sistemas de comunicação subaquática do mundo, perdendo apenas para Marselha, França.
Luiz Henrique Barbosa, presidente executivo da TelComp, órgão que representa provedores de internet, TV por assinatura e data centers no Brasil, se preocupa com a construção da usina de sal.
Segundo ele, a construção da usina pode gerar danos ao hub cearense, afetando drasticamente o fluxo de dados no Brasil.
“A obra pode gerar apagão de internet no país porque não está se colocando uma usina onde tem um cabo, mas onde tem um hub todo! Hoje, ninguém pensa em chegar com internet no Brasil por outro caminho que não seja o de Fortaleza.”
Em contrapartida, a Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), defende a escolha do local da usina de sal. A entidade argumenta que o projeto foi extensivamente debatido e vai para garantir a segurança dos cabos e da internet.
Ministério das Comunicações acompanha usina
Em um evento recente sobre infraestrutura digital, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, sublinhou a relevância dos cabos subaquáticos para o desenvolvimento nacional. O ministro enfatizou a importância dessa conectividade em setores que vão desde a educação até a segurança cibernética.
Além disso, o Ministério das Comunicações destaca que a grande maioria do tráfego digital brasileiro passa por esse hub. O hub também é um elo essencial para a conexão com países vizinhos e até com o continente africano.
Portanto, o ministro Juscelino Filho afirmou que a pasta está atenta a construção da usina de sal e aos possíveis problemas à internet no Brasil.
“Qualquer situação que gere impacto deve ser profundamente discutida, analisada e avaliada para que busquemos construir juntos, por meio do diálogo, o melhor caminho para a preservação desse hub internacional que é Fortaleza. Estaremos juntos, com a Anatel e com todas as entidades do setor, discutindo formas de construir um ambiente seguro, sem nenhum tipo de impacto nas infraestruturas”, disse o ministro Juscelino Filho.
O governo do Ceará ainda aguarda autorização ambiental para construção da usina e também o investimento da empresa vencedora da licitação de parceria público privada.
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