Professores sugerem que resolver questões de anos anteriores e identificar os itens em que se tem mais facilidade podem ser estratégicos para bom resultado

A menos de um mês para a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 4 e 11 de novembro, os professores e especialistas recomendam que os candidatos não se aventurem mais para apreender novos conteúdos. Agora é hora de revisar e consolidar o que já estudaram. E uma das formas de reforçar esse conhecimento é resolver questões de provas antigas do próprio Enem.

Confira dicas de como usar esse artifício de maneira estratégica:

1. Rastrear questões simples e complexas

Ao praticar a resolução das provas com itens de edições anteriores, o candidato é capaz de reconhecer os enunciados que demandam mais dedicação. Esse entendimento será muito útil no dia do exame, pois saber administrar o tempo disponível para resolver as questões é quase tão importante quanto dominar o conteúdo.

Por isso, o professor de matemática Tiago Oliveira orienta que os estudantes resolvam primeiro os pontos mais simples para, em seguida, partir para os mais complexos. “Toda questão que exige conhecimento específico, em que você se perde com a resolução e leva tempo para executar, já não é questão fácil”, afirma.

Os itens mais simples, ele indica, são aqueles que tratam de conceitos e podem ser respondidos de imediato, com leitura rápida e que podem garantir acertos. “Começar acertando tem um papel emocional, mexe com a convicção do aluno”, ressalta Oliveira.

2. Resolver provas de outras modalidades

Outra sugestão do especialista é consultar não só as questões elaboradas nas edições principais, mas também verificar o material das demais modalidades do exame, como as provas para portadores de deficiência e para pessoas privadas de liberdade (PPL).

O professor Tiago destaca que, em geral, as perguntas do Enem regular já são muito usadas em listas de exercícios pelos colégios e, por isso, ” é uma resolução viciada”. Logo, a chance de o aluno já ter visto aquela questão é alto. “Assim ele pode ter a constatação do que é cobrado de fato dentro dos conteúdos que ele estudou e ver como cai o que acha fácil”, pondera.

3. Observar matriz de habilidades e competências

A prova do Enem possui um estilo de questões muito específico, que valoriza o raciocínio e a interdisciplinaridade. Por isso, o professor de História Pedro Ferrari alerta que os alunos devem resolver os itens de olho na matriz de referência, que reúne as habilidades exigidas no edital do exame. “Isso é importante para conseguir comparar [as perguntas] e perceber como uma questão diz respeito a certa habilidade”, destaca. “Quando o aluno faz essa ponte, consegue ir além do conteúdo programático”.

O documento é dividido entre as competências de cada área do conhecimento – Linguagens e Códigos; Matemática, e Ciências da Natureza – e os eixos cognitivos, comuns a todas. Dentre esses, está a necessidade de dominar linguagens; compreender fenômenos naturais, processos históricos e manifestações artísticas; enfrentar situações-problema; construir argumentação, e elaborar propostas.

4. Avaliar enunciado antes do texto

No primeiro domingo (4) de aplicação do Enem, os candidatos terão cinco horas e 30 minutos para resolver as 90 questões e elaborar a redação. No segundo domingo (11), são 90 itens. Para lidar com esse grande volume de conteúdo a ser resolvido, o professor Ferrari destaca que o ideal é ler o enunciado antes do texto, já que as questões são dividas em três partes: texto, enunciado e alternativas. “Sabendo o que a questão espera do texto, sua leitura será mais direcionada e muito mais apurada para o que a questão pretende”, avalia.

5. Revisar questões já resolvidas

Por fim, depois de muito praticar, é chegado o momento da revisão. Revisitar os itens já resolvidos e avaliar os erros e acertos pode contribuir para elevar a confiança e controlar a ansiedade no dia da prova, destacam os professores. Com informações do Portal Brasil e do Inep.

Fonte: Notícias ao Minuto

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