Parlamentares têm trocado acusações, agressões verbais movidos pelo tema e até acusando a existência de super salários para alguns colegas; presidência da mesa diretora rebate
As últimas sessões da Câmara Municipal de Caucaia, têm sido marcadas por discussões e até agressões verbais entre os parlamentares. Tudo isso em função dos desdobramentos em torno da CPI que está instalada desde o final do mês de setembro para investigar supostos desvios na gestão pública municipal.
Tem sido comum agressões entre os defensores da CPI e os aliados da gestão. E o último embate mais incisivo, foi registrado na sessão desta quinta-feira, 10, entre a presidente da Mesa Diretora, Natécia Campos e a vereadora Germana Sales.
Germana acusou Natécia de não atender às ordens judiciais de incorporar à CPI os vereadores; Priscila Menezes e Fábio Herlândio que recorreram ao judiciário para fazerem parte dos trabalhos da Comissão Investigativa. Germana afirmou que Natécia ao cortar assessorias de outros dois parlamentares, estaria “fazendo caixa”, para pagar as multas diárias de R$ 500,00 estabelecidas pela Justiça em caso de desobediência por não efetivar os dois parlamentares. Durante sua fala Germana citou um envelope amarelo que segundo ela simboliza várias irregularidades na gestão de Natécia frente à Mesa Diretora da casa.
As declarações de Germana acenderam o estopim para que fosse iniciado um grande bate-boca ente as duas, com acusações de lado a lado.
Jorge Luiz x Mersinho e Priscila Menezes
Outra acalorada discussão, seguida de bate-boca, envolveu os vereadores Jorge Luiz, Mersinho e Priscila Menezes. O estopim do “arranca-rabo, se deu quando o parlamentar do PROS, questionou as investidas dos colegas na justiça, para fazerem parte dos trabalhos da CPI e indagou se tais interesses não fossem para encobrirem irregularidades praticadas por parentes de ambos (Mersinho e Priscila), que fazem parte da gestão. Mersinho rebateu com aspereza as declarações do colega e o acusou de estar levando para o lado pessoal tentando atingir pessoas que não estão relacionadas à questão da CPI.
Priscila Menezes tomou o mesmo caminho de Mersinho e aproveitou para defender seu pai, Tanilo Menezes, que tem assessoria especial na gestão e que segundo Jorge Luiz tem um super salário (algo em torno de R$ 12.000,00) e, que segundo o mesmo os valores não são condizentes com a função que ocupa na gestão.
Lavagem de roupa
A seguir o que mais se viu no plenário foi uma ” lavagem de roupa”, com parlamentares acusando colegas de traições. Pastor Dalmácio ao ser citado por Neto do Planalto de ter “traído” o grupo de oposição em que permanecera até o meio do corrente ano e, ter passado para o lado da gestão em troca de empregos para familiares, fez um longo pronunciamento explicando seus motivos que o levaram para a base e pediu respeito por parte do colega. Inclusive relatou que em função dos últimos acontecimentos, alguns colegas mudaram de comportamento e que nem mais lhe cumprimentam.
Salários 3 vezes maiores
Na sequência de acusações o vereador Eneas Goes (eleito novo presidente da Mesa Diretora), acusou colegas aliados de Natécia Campos de recebem salários 3 vezes maiores em relação aos demais.
No final da sessão a reportagem do portal Gazeta da Jurema entrevistou a vereadora Natécia Campos que se defendeu das acusações, tanto as proferidas pelo vereador Eneas Goes, bem como de Germana Sales.
Durante a sessão a vereadora Emilia Pessoa, presidente da CPI, anunciou uma nova reunião da Comissão para o próximo dia 21. Porém o vereador Weiber Tapeba solicitou à Mesa Diretora que não permita a realização da mesma, em função das decisões judiciais ora emitidas e segundo ele ainda não cumpridas nem pela presidente da CPI e nem pela Mesa diretora.