Engenheiro da prefeitura de Agudos nega negligência
A creche que desabou em Agudos, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (18), havia sido reformada há menos de um ano, quando foi fechada por problemas no teto. O acidente deixou 16 crianças e quatro adultos feridos.
Segundo os bombeiros, o teto do refeitório da escola, um berçário que atende crianças de seis meses a 4 anos, caiu. Viaturas do Corpo de Bombeiros e ambulâncias da prefeitura foram acionadas para isolar a área e atender os feridos. Eles foram levados para a Unidade de Pronto-Atendimento de Agudos e para o posto de saúde.
Ao todo, 16 crianças e quatro adultos ficaram feridos, sendo três professores e uma funcionária da escola. Os adultos e quatro crianças foram transferidos para um hospital de Bauru e passam por avaliação médica. A coordenação da UPA informou que, aparentemente, todos tiveram ferimentos leves.
O vice-prefeito do município, Jaime Caputti, disse ao G1 que as causas do desabamento serão investigadas. “Está sendo feita uma força-tarefa para atender todas as vítimas e também para a remoção dos escombros. O telhado passou por uma reforma há pouco anos e em 2017 no foi feita uma limpeza no local. Por isso, tudo tem que ser apurado”, explicou.
“Se não foi uma fatalidade ou se houve imprudência, serão tomadas medidas cabíveis, porque esse tipo de coisa não pode acontecer”, afirmou o vice-prefeito.
O engenheiro da prefeitura, Agostinho Barros, revelou ao site que a creche passou por uma avaliação em 2016, quando foi constatado que não havia qualquer problema. Em janeiro de 2017, o prédio foi interditado pela prefeitura por conta de fortes chuvas, que causaram riscos de desabamento em diversos pontos do telhado, goteiras e vazamentos de água no forro.
Na época, funcionários da secretaria de Obras, Vigilância Sanitária, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros também vistoriaram o local e constataram que o prédio apresentava risco de contaminação por fezes de pombos e urina de ratos.
A prefeitura decidiu interditar a creche e transferir 130 alunos. A instituição foi reinaugurada em julho de 2017.
Segundo o engenheiro, “não houve negligência, pois havia um monitoramento constante no local”. “Vamos interditar o prédio para verificar o que aconteceu e depois reformá-lo novamente”, completou.
De acordo com Caputti, as crianças serão transferidas para outro local, que ainda não foi divulgado, e as atividades não devem ser prejudicadas. O prefeito Altair Francisco Silva (MDB) está fora da cidade.
O presidente Michel Temer usou twitter para se manifestar sobre o acidente: