Reprodução/Youtube

É fundamental que essa luta seja traduzida no aniquilamento daqueles que querem destruir os institutos federais e as universidades públicas brasileiras: os liberais e fascistas de plantão

O deputado Glauber Braga, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) expulsou da Câmara, com empurrões e chutes, um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), que lá estava para conversar/debater com deputados sobre a regulamentação do Uber proposta pelo governo Lula. A agressão foi registrada em inúmeros vídeos.

Após essa primeira agressão, o deputado socialista discutiu com o deputado liberal, também membro do MBL e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Kim Kataguiri (União Brasil), chamando-o de “defensor do nazismo” e xingando todos os membros do MBL de “marginais”.

Como se não bastasse, o deputado Glauber Braga discursou no mesmo dia, em uma audiência pública sobre a mobilização de servidores de universidades, e clamou, diante de uma enorme plateia, pelo “aniquilamento” de seus opositores políticos.

Com uma retórica inflamada e belicosa, o deputado do Psol defendeu a continuidade da mobilização contra aquilo que entende por fascismo, que, segundo ele, não pode ser derrotado apenas eleitoralmente:

Meus camaradas, minhas companheiras! Defender o pensamento crítico, defender a educação pública brasileira, defender a saúde pública brasileira não é uma opção lateral, é uma necessidade histórica porque é uma necessidade do povo por aquilo que é representado na luta e no trabalho diário da luta de cada um e cada uma de vocês. E também porque é fundamental que essa luta seja traduzida no aniquilamento daqueles que querem destruir os institutos federais e as universidades públicas brasileiras: os liberais e fascistas de plantão”.

O deputado Glauber Rocha também publicou um vídeo em suas redes sociais dizendo que não se arrependia de nada do que tinha feito pois não aceitaria “intimidação de militante fascista do MBL” e reforçou: “nós não vamos recuar para militante fascista, nem do MBL nem de organização nenhuma.

O deputado Glauber Rocha afirma, portanto, que os integrantes do MBL são “fascistas”. Ele prega o aniquilamento dos “fascistas”. Ele prega, portanto, o aniquilamento dos integrantes do MBL.

Estamos claramente diante de um discurso intolerante que prega o ódio e incita a violência contra alvos específicos, no caso, seus adversários políticos.

Quem está na mesma cruzada que Glauber Rocha contra o “fascismo” é o ditador venezuelano Nicolás Maduro, que fez aprovar recentemente “A Lei contra o Fascismo, o Neofascismo e Expressões Similares”, por meio da qual pretende recrudescer ainda mais a repressão contra seus opositores.

Fascismo é um conceito político que tem substância, tem significado, tem uma história. Se considerado em seu sentido correto, é um pensamento político antípoda ao liberalismo.

Seu esvaziamento semântico só serve aos verdadeiros fascistas de plantão, aqueles do tipo que agridem fisicamente seus adversários políticos e discursam clamando pelo seu aniquilamento.

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