Pedido foi encaminhado ao ministro do STF Luís Roberto Barroso, na última quinta-feira (28), relator do inquérito e a quem cabe autorizar o depoimento

A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu autorização nesta segunda-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Michel Temer preste depoimento no inquérito que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto do setor de portos.

O pedido foi encaminhado ao ministro do STF, Luís Roberto Barroso, na última quinta-feira (28), relator do inquérito e a quem cabe autorizar o depoimento.

De acordo com o documento, Dodge solicita a realização de sete conjuntos de diligências no inquérito, que serão de responsabilidade da Polícia Federal (PF). Além disso, ela destacou que pretende concluir essa e outras diligências em até 60 dias.

Esta é uma das primeiras manifestações da nova PGR envolvendo Temer. A decisão afasta as suspeitas de que ela poderia “aliviar” as investigações contra o chefe de Estado. O inquérito apura suspeitas de recebimento de vantagens indevidas dos envolvidos pelo suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

O pedido de abertura do inquérito chegou ao Supremo em junho e foi remetido ao ministro Edson Fachin. Ao receber o processo, o ministro entendeu que o caso deveria ser redistribuído a outro integrante da Corte por não ter conexão com o inquérito que envolve Temer, baseado nas delações da JBS. No início de setembro, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, determinou uma nova distribuição, e Barroso foi escolhido o novo relator. No processo, os empresários Ricardo Conrado Mesquita e Antônio Celso Grecco, ambos ligados à empresa, também são alvos.

O suposto favorecimento veio à tona após o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures ter sido gravado pela PF em uma conversa telefônica com o presidente na qual perguntava sobre o andamento do decreto.    A suspeita é de que Temer recebeu propina pela edição do decreto. Por sua vez, a defesa do presidente da República e da empresa controladora do porto santista negam as acusações e dizem que a regra editada por decreto foi fruto de amplo debate e atendeu todo o setor portuário. (ANSA)

Fonte: Notícias ao Minuto

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here