A alta foi ocasionada por incertezas quanto ao cenário eleitoral

O dólar saltou 2 por cento nesta terça-feira e fechou no patamar de 4 reais pela primeira vez desde fevereiro de 2016. A moeda chegou a ser vendida por, aproximadamente, R$ 4,03 reais, maior nível desde os R$ 4,04 reais de 18 de fevereiro daquele ano. Foi a quinta alta consecutiva do dólar, período no qual subiu em mais de 4%.

De acordo com economistas, a alta é resultado da incerteza eleitoral dos investidores. A pesquisa Datafolha a intenção de votos para presidente da República divulgada nesta quarta-feira, mostrou o candidato Luiz Inácio Lula da Silva com 39% das intenções de voto, acompanhado por Jair Bolsonaro (PSL), com 19%. Em um cenário sem o candidato Lula, tendo Fernando Haddad como representante do partido, Bolsonaro lidera com 22% seguido de Marina Silva (Rede) com 16%.

O medo dos investidores é a vitória de candidatos menos comprometidos com as reformas fiscais pedidas por eles. No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também ante divisas de países emergentes após o presidente Donald Trump, em entrevista à Reuters na véspera, ter criticado a política de aumento de juros do Federal Reserve, banco central norte-americano. Com o nível elevado do dólar, há quem veja necessidade de intervenção do Banco Central.

“Não há pressão de demanda nem por proteção cambial e nem por demanda no mercado à vista, sendo que a alta do preço decorre do emocional e psicológico, fatores imponderáveis, não alcançáveis por intervenção do BC, que se ocorrer será inócua”, avaliou o economista e diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, ao comentar sobre a possibilidade de o Banco Central atuar por meio de leilões extraordinários de swap.

*Contém informações de Agência Reuters 

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