Na próxima quarta-feira, 5 de agosto, Dia Nacional da Saúde, um encontro às 16 horas irá reunir médicos, gestores e convidados para debater, de forma on-line, os desafios da saúde no município de Caucaia, segunda maior cidade do Ceará. Em meio à quarentena do coronavírus, o debate abordará um eixo temático muito em pauta: “Como pensar a saúde para uma cidade melhor”.
“Só teremos uma cidade melhor para viver a partir do momento em que todos puderem contar com um sistema de saúde melhor. Pensar a saúde é voltar o olhar para o cidadão de forma humanizada. E isso se faz com diálogo e um bom debate”, explica o médico nefrologista Dr. Moisés Santana, coordenador do encontro.
Atuando há mais de três décadas na saúde do Ceará, o especialista está à frente do Centro de Nefrologia de Caucaia, referência no tratamento de doenças renais crônicas no Estado. A clínica é um case de sucesso, já que oferece atendimento e tratamentos de alta qualidade. Um diferencial dentro da rede pública. No encontro, ele apresentará também os desafios da sua área de atuação e mostrará, como gestor, que é possível promover o acesso a um serviço de saúde de qualidade gratuitamente a todos que necessitarem e, assim, melhorar os indicadores de qualidade de vida do paciente e da cidade. “Nossa unidade é conveniada com o Sistema Único de Saúde (SUS) e atende pacientes de todos os municípios do interior com excelência e humanização. Por meio do Centro de Nefrologia de Caucaia, posso defender que é possível, sim, oferecer assistência e tratamento de qualidade com recursos públicos. Basta capacitação técnica e gestão”, explica Dr. Moisés.
O médico nefrologista acompanha diariamente a luta dos milhares de pacientes com insuficiência renal crônica, uma doença caracterizada pela perda lenta e progressiva da função dos rins e que tem consequências graves para a saúde e a qualidade de vida. As sessões de hemodiálise, por exemplo, estão entre os desafios de quem tem a doença. Apesar de o tratamento de hoje ser menos agressivo e mais humanizado, o médico relata os impactos sociais e físicos de se conviver com uma doença renal. “Você não pode trabalhar porque em três dias da semana vai precisar fazer a diálise, com sessões que duram até quatro horas. É cansativo e a vida social fica comprometida. Além de todas essas dificuldades, entram outros obstáculos. A falta de transporte para o tratamento é uma delas”.
Saiba Mais:
A doença ou insuficiência renal crônica é a perda lenta e gradual das funções renais. Quando não identificada e tratada, pode levar à paralisação dos rins. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a prevalência da doença renal crônica no mundo é de 7.2% para indivíduos acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham a doença. Dessas, 90 mil estão em diálise (um processo de estímulo artificial da função dos rins, geralmente quando os órgãos têm 10% de funcionamento), número que cresceu mais de 100% nos últimos dez anos. A doença renal crônica está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes.
Serviço: Encontro reúne médicos e gestores para debater os desafios da saúde pública em Caucaia
Data: 5 de agosto
Horário: 16 horas
Local: Centro de Nefrologia de Caucaia (CENEC) – Rua Pedro Gomes da Rocha, 174. Caucaia
Link para acesso: Página no Facebook: @drmoisesnefro
A informação é da jornalista Verônica Melo.