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Uma escola onde o aprendizado não é dividido em aulas de 50 minutos, mas em encontros de uma hora e meia. Onde a aprendizagem ocorre por meio de experimentos, trabalhos em grupo, teatro, debates. Onde os estudantes montam a própria grade horária e têm uma boa infraestrutura para aprender. O ensino médio no Campus Jacarezinho do Instituto Federal do Paraná (IFPR) é reconhecido nacionalmente e internacionalmente. Nesta semana, representantes do instituto estiveram no Congresso Nacional para debater a reforma do ensino médio por meio da Medida Provisória (MP) 746/2016.

O ensino médio ofertado pelo instituto, na visão dos psrticipantes da audiência pública da comissão mista criada para debater a MP, aproxima-se a de uma utopia. Um modelo que é difícil de ser replicado em todo o país pelo alto grau de investimento, que garante a oferta de laboratórios e boa infraestrutura aos estudantes e a possibilidade de dedicação exclusiva dos professores, em tempo integral. Além das aulas, os professores têm tempo para planejar as aulas e desenvolver projetos de extensão.

Os estudantes são acompanhados por tutores, que os ajudam a escolher as disciplinas. Os alunos devem cumprir uma mesma carga horária para os temas ligados às ciências da natureza e matemática, ciências humanas e linguagens. As disciplinas podem ser regulares, como matemática básica, química orgânica, primeiras civilizações; técnicas, como resistência dos materiais, desenvolvimento de software; ou interdisciplinares, como robótica, que envolve matemática, física, programação, ou desenhos animados e suas ideologias (ciência política, análise do discurso, artes, educação, etc.).

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Segundo o reitor do instituto, Odacir Antônio Zanatta, e o diretor-geral do Campus Jacarezinho, Rodolfo Fiorucci, o ensino no instituto está de acordo com a atual legislação. O currículo segue a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o tempo extra para os professores planejarem as aulas está previsto na Lei do Piso (Lei 11.738/2008), e a estrutura necessária para um bom ensino, no Plano Nacional de Educação (PNE).

“Nós mesmo teremos que nos adaptar. Algumas questões que colocamos no nosso ensino médio vão de encontro ao colocado na MP”, diz Zanatta. Pela MP, parte da carga horária do ensino médio é voltada a um aprendizado comum, definido pela Base Nacional Comum Curricular, que ainda está em discussão; e, na outra parte, o estudante poderá escolher entre cinco itinerários formativos: linguagens; matemática; ciências da natureza; ciências humanas; e formação técnica e profissional. “Nosso projeto foi feito ainda baseado na LDB, que nos permite. É bastante ampla e permite que os sistemas de ensino façam a suas flexibilizações”, acrescenta.

A MP é defendida pelo governo como um ação urgente diante de um ensino médio desinteressante e que concentra os piores indicadores do ensino básico, as maiores taxas de desistência e repetência.

Agência Brasil..

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