Lula evitou falar sobre a responsabilidade de Dilma quanto a crise fiscal agravada pelas “pedaladas”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 71 anos, está em caravana pelo Nordeste. As visitas terminam nesta terça-feira (5) no Maranhão e levaram centenas de pessoas às ruas nos últimos dias, para apoiar o petista.
A caravana contou com três ônibus escoltada pela PM em Estados de aliados (como os governadores Camilo Santana, PT-CE, e Wellington Dias, PT-PI).
“A caravana foi feita para conversar com a população e lideranças locais. Para ver o que mudou no Nordeste, nas capitais e no interior, nos governos do PT, e os retrocessos no atual governo. Não havia expectativa nenhuma quanto ao público”, explicou a assessoria que acompanha o ex-presidente.
Lula usou os seus discursos para criticar o plano de Michel Temer de reformar a Previdência e não falou sobre a responsabilidade de Dilma quanto a crise fiscal agravada pelas “pedaladas”.
O petista também evitou falar em ajuste. Lula destacou o sucesso das políticas de seu governo e prometeu acelerar mais o gasto público direcionado aos mais pobres caso volte após “os retrocessos do golpista”.
A Folha refere que, na semana passada, dois dados do IBGE debilitaram esse discurso: o PIB do segundo trimestre cresceu 0,2% (a segunda alta seguida) e a taxa de desemprego caiu de 13,6% para 12,8% no trimestre até julho, com 721 mil pessoas a menos na fila por um emprego. O ex-presidente do Banco Central de Lula e atual ministro de Temer, Henrique Meirelles (Fazenda), tem estado à frente da recuperação da recessão de Dilma. Meirelles não é nem do PT nem do PMDB, mas filiado ao PSD.