Declaração gerou revolta entre os colegas de farda

A Polícia Civil de São Paulo decidiu afastar das ruas o delegado Carlos Alberto da Cunha, o Da Cunha, depois que ele chamou, em uma entrevista, policiais civis com mais de 55 anos de “ratos” e “raposonas”, o que gerou revolta entre os colegas de farda. As informações são do UOL.

O delegado Da Cunha, considerado uma estrela da internet, é envolvido em uma série de polêmicas relacionada a atuação dele nas redes sociais. Ele foi afastado as funções burocráticas da instituição e armas de fogo, algemas e distintivo recolhidos.

O servidor público usa Instagram, Facebook e YouTube para mostrar aos milhares de seguidores a rotina de abordagens, prisões e incursões em favelas.

A decisão foi tomada na última sexta-feira (23) pelo delegado geral Ruy Ferraz Pontes, e aconteceu depois do procedimento administrativo disciplinar aberto contra Da Cunha após ele ter participado de uma entrevista em um canal no YouTube.

‘COMENTÁRIOS DEPRECIATIVOS’

De acordo com o documento, o policial civil usou “linguagem inadequada e comentários depreciativos à imagem institucional”.

O texto menciona ainda que, no podcast Flow Podcast, Da Cunha chamou policiais civis com mais de 55 anos de “ratos” e “raposonas”, o que gerou revolta entre os colegas de farda.

O relatório aponta “gravidade” à conduta de Da Cunha. Também atribui a ele grau de “periculosidade interna”, por prejudicar a Polícia Civil e o serviço público, e de “periculosidade externa”, por comprometer a imagem e credibilidade da instituição.

DECLARAÇÃO

A declaração que ocasionou o afastamento de da Cunha das ruas aconteceu depois que o policial militar e vereador no Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro, que também estava no podcast na ocasião, ter falado que não aconselha pessoas a se tornarem PMs em seu Estado “por causa das condições”. O delegado, então, discordou e explicou o entendimento que tinha.

“A gente tem que ir para a polícia, o que a gente não pode é deixar de ir para a polícia, porque os ratos continuam mandando. Tem que começar o processo de expulsão de rato. Quem é correto trabalha, e o rato que corra. A gente tem que estar aqui na internet ganhando poder e crescendo, para as aquelas ‘raposonas’ que estão embrenhadas lá em cima mamando nas tetas há anos, para enxotar eles, porque se não enxotar essa podridão, não tem como fazer segurança. Tem que aposentar, ‘Ó, quantos anos você tem? 55, 60? Cara, 60 não é mais na polícia. Se tu tem 60 e está na polícia é porque você tem algum outro interesse, porque você não está afim de correr atrás de vagabundo’. Vai dar aula na faculdade, vai desenvolver outra atividade intelectual, vai ser advogado, secretário, qualquer coisa, mas para ser polícia você tem que ter um motivo”.

Fonte: Diário do Nordeste

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