O grupo de pesquisa analisa os impactos de uma alimentação parcialmente baseada em microalgas em alguns processos biológicos de caprinos, como o sistema reprodutivo

AUniversidade Estadual do Ceará (Uece) divulgou nesta segunda-feira, 23, um estudo que avalia o efeito da adição de microalga na dieta de cabras. A pesquisa, que ainda está em andamento, é desenvolvida pelo Laboratório de Nutrição e Produção de Ruminantes (Lanuprumi). A pesquisa da microalga Chlorella pyrenoidosa é realizada na Fazenda de Experimentação Agropecuária Dr. Esaú Accioly Vasconcelos, localizada no município de Guaiúba, a 40 km de Fortaleza.

As microalgas são plantas microscópicas aquáticas, com alta concentração de diversos nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas, gorduras, minerais e antioxidantes. No entanto, de acordo com o professor e pesquisador do estudo, César Fernandes, ainda há muito a se compreender sobre os efeitos a longo prazo. “Na dieta de animais ruminantes, como bovinos, caprinos e ovinos, ela tem sido utilizada como um substituto parcial na alimentação dos animais e, experimentalmente, tem sido explorada em estudos imunológicos e produtivos. Contudo, os seus efeitos sobre outros processos biológicos dos animais, como o reprodutivo, ainda não estão descritos”, detalha.

Entre as abordagens analisadas pelo laboratório, destacam-se aquelas relacionadas aos efeitos da microalga sobre a eficiência reprodutiva dos animais – como comportamento sexual, o desenvolvimento folicular e qualidade dos gametas femininos – o comportamento ingestivo, além do perfil metabólico e hormonal.

O professor explica, ainda, que os caprinos são animais tradicionalmente criados no Nordeste para produção de carne, leite e pele, sendo fonte de renda complementar para milhares de criadores. No entanto, a criação desses animais é caracterizada por um mau manejo nutricional, devido à escassez de alimentos em determinados períodos do ano, causando uma baixa eficiência reprodutiva.

A Equipe

O projeto contempla uma tese de doutorado, de autoria da aluna Maria Raquel Lopes Silva, e uma dissertação de mestrado, do estudante Filipe Helson Costa Lima. Conta também com a participação de uma equipe multidisciplinar formada por médicos veterinários, agrônomos e zootecnistas. Além do professor César, estão entre os pesquisadores principais o Prof. Davide Rondina, coordenador do Lanuprumi, e a Profª. Juliana Alves.

Fonte: O Povo Online

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