Pouco antes de a Polícia Federal bater à sua porta, Wagner Garcia desceu pelo elevador do edifício onde mora com 22.000 reais. Juiz fala em fuga ao exterior

1424279_547937015299208_840218183_n-1Preso na Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato deflagrado na semana passada, Wagner Jordão Garcia, um dos ex-assessores do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, tentou fugir pouco antes de a Polícia Federal bater à porta de sua casa, no Leblon, Zona Sul do Rio. O Ministério Público Federal suspeita que houve vazamento da operação.

O procurador que acompanhou o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão contra Garcia informou ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Estado, que às 5h55 da quinta-feira passada, quando a operação foi deflagrada, o ex-assessor de Cabral desceu pelo elevador do edifício onde mora com 22.000 reais em dinheiro vivo, alocados dentro de uma maleta.

Para Bretas, a intenção de Garcia era fugir do país. A conclusão do magistrado se baseia em interceptações telefônicas que mostram uma conversa entre Wagner Jordão Garcia e um homem chamado Rogério.

No diálogo gravado pelos investigadores, o interlocutor diz a Garcia que “perderam o azimute. Mas meu amigo, olha aqui, canja de galinha e Parrilla uruguaia, não mata niguém não”. Como resposta, o ex-assessor de Cabral diz que “não mata não, e vai ter gente para o aeroporto correndo, hein” e “eu vou comer essa Parilla contigo, hein”.

“As interceptações telefônicas autorizadas por este juízo comprovam que esse investigado manifestou intenção de fuga do país três dias antes de deflagrada a operação (14.11.2016) e mais, que o investigado Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, chamado ‘homem da mala de Sérgio Cabral’ também pretendia fugir do país”, afirma Marcelo Bretas

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