Cabelos brancos podem ser mais do que um sinal da idade
Para determinar essa relação, a equipe estudou 545 homens adultos por meio de tomografia computadorizada. Os voluntários foram divididos em grupos, de acordo com os estado de suas artérias e o número de fios brancos que traziam na cabeça. Eles foram classificados a partir de uma escala de 1 a 5, que ia do cabelo totalmente preto ao totalmente branco. Os participantes foram previamente analisados e classificados por dois observadores independentes.
Um maior risco de doenças no sistema circulatório foi observado em pacientes classificados a partir do nível 3, representado pelo equilíbrio entre fios brancos e pretos. Da mesma forma, homens com as artérias mais comprometidas, pressão alta e mais gordura corporal eram, via de regra, apontados como mais grisalhos. “O envelhecimento é um fator de risco para problemas circulatórios, e, associado a sinais dermatológicos [como a perda de cabelo], podem significar risco acentuado”, pontua Irini Samuel, uma das responsáveis pelo estudo.
Para a médica, novas pesquisas em parceria com dermatologistas se fazem necessárias, antes que se passe a usar o número de fios brancos como forma de prever a ocorrência de problemas no coração. “É preciso um estudo maior, que envolva homens e mulheres, para confirmar a associação entre cabelos grisalhos e riscos de problemas cardiovasculares, em pacientes sem quaisquer outros fatores de risco”, completa. A pesquisa foi apresentada na Eurovent 2017, evento promovido pela Associação Europeia de Cardiologia Preventiva, em Málaga, na Espanha.