Mesmo sem o título, Leão do Pici cumpriu seu papel na competição e subiu para a Série B de 2018
Jogando na noite deste sábado (21), em Maceió, contra o CSA, o Fortaleza não conseguiu o que desejava, que era a conquista de seu primeiro título em uma disputa nacional. Sem conseguir furar a forte marcação imposta pela equipe da casa, o tricolor de aço, terminou a partida com um empate em 0 a 0.
Com u resultado o time alagoano acabou ficando com o título, pois havia vencido a primeira partida da decisão em Fortaleza pelo placar de 2 a 1, e conquistando assim uma grande vantagem para decidir o título em casa, no estádio Rei Pelé.
Mesmo sem o tão sonhado primeiro título nacional, o Fortaleza cumpriu seu papel na competição, que foi o acesso à Série B de 2018.
O JOGO
O Fortaleza entrou no jogo sabendo que precisaria ter paciência e tranquilidade para balançar as redes e reverter o placar diante do CSA. Na prática, não foi isso que o time demonstrou. Desde o começo da partida, a equipe comandada por Zago mostrou ansiedade de querer resolver a peleja logo, mas errava passes fáceis, buscava opções mais difíceis e se complicava no momento da finalização.
No primeiro tempo de jogo, o Fortaleza ficou mais com a bola, chegava mais ao ataque, mas não conseguia transformar o domínio em perigo real. A principal chance do Leão na etapa veio aos 14 minutos com Leandro Cearense invadindo a área dos alagoanos e finalizando rasteiro, mas o goleiro Mota salvou.
Ronny, que foi o escolhido para substituir Éverton, ainda levou perigo ao goleiro Mota chutando de fora da área, mas o arqueiro mais uma vez defendeu. A escolha pelo camisa 8 se mostrou ineficiente à medida que o jogo passava, tendo em vista que a principal característica do atleta – o chute de longe – não era utilizada pela forte marcação da equipe de Maceió. Com o meia em campo, o Leão ainda perdia em velocidade.
Do lado do Azulão, o time se fechava lá atrás e tentava sair rápido no contra-ataque. A estratégia do treinador Flávio Araújo surtiu efeito no setor defensivo. No ataque, a equipe buscava alguns chutes de fora da área e investia nas bolas alçadas em Michel Douglas, que brigou bastante no duelo com Edimar e Adalberto. A chance mais perigosa do CSA ocorreu no início do confronto, aos 8 minutos, numa confusão criada após cobrança de falta lançada na área do Fortaleza.
Para o segundo tempo, os dois treinadores mantiveram os times. O Fortaleza continuou da mesma forma como terminou a primeira etapa: com maior posse de bola, mas sem efetividade.
A tentativa de Leandro Lima de encobrir o goleiro com chute do meio de campo representava a falha da jogada trabalhada para chegar ao gol. Os chutes de fora da área ficaram mais constantes, assim como as buscas pelas bolas alçadas. Ronny explorava os cruzamentos, mas a zaga do Azulão se sobresaía
Zago ainda lançou a campo Gabriel Pereira, Vinicius Baiano e Vinicius Pacheco nos lugares de Felipe, Ronny e Hiago. Entretanto, as substituições não surtiram efeito e o placo seguiu inalterado. Do lado do CSA, Maxuell substituiu o centroavante Michel Douglas e levou perigo à defesa tricolor.
Vendo o panorama do jogo, a torcida do Azulão começou a fazer a festa ainda aos 25 minutos do segundo tempo com gritos de campeão. Os alagoanos conseguiram bloquear os ataques do Fortaleza até o último minuto e ficaram com o título.
Ficha Técnica
CSA: Mota; Celsinho, Leandro Souza, Jorge Felipe e Raul Diogo; Dawhan, Boquita e Daniel Costa; Edinho (Didira), Michel Douglas (Maxuell) e Marcos Antônio.
Técnico: Flávio Araújo.
Fortaleza: Boeck; Felipe (Gabriel Pereira), Edimar, Adalberto e Bruno Melo; Anderson Uchôa, Ronny (Vinicius Pacheco), Pablo, Leandro Lima e Hiago (Vinicius Baiano); Leandro Cearense
Técnico: Antonio Carlos Zago.