Pesquisa do Dieese mostrou ainda que trabalhador da Capital teve que desembolsar em média R$ 552,09 para adquirir produtos
O fortalezense precisou trabalhar em setembro 110h e 25 minutos de sua jornada de trabalho mensal (220h) para adquirir o conjunto de 12 produtos que compõem a cesta básica da Capital cearense. Já o salário mínimo deveria ter sido de R$ 5.657,66.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o mínimo necessário (R$ 5.657,66) para uma família composta por quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) corresponde a 5,14 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100. Em setembro, o conjunto dos produtos que compõem a cesta de Fortaleza registrou deflação de 0,03%.
A baixa nos preços de cinco dos 12 produtos fez com que um trabalhador, para adquirir os produtos, respeitadas as quantidades definidas para composição da cesta, tivesse que desembolsar R$ 552,09. O gasto com alimentação de uma família padrão foi de R$ 1.656,27.
TEMPO MÉDIO
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta no Brasil, em setembro, ficou em 115 horas e 02 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em agosto, quando foi de 113 horas e 49 minutos.
“Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, 54,25% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 54,27%”, informou o Dieese.
Fonte: Diário do Nordeste