Diretor do Bramon indica que queda do asteroide pode ter sido observada no Ceará e em outros estados
Pesquisadores do Bramon (Brazilian Meteor Observation Network, no inglês, ou Rede Brasileira de Observação de Meteoros) informaram que um bólido caiu no Piauí no último sábado (28). As informações são do portal G1.
O bólido é um meteoro que explode na atmosfera da Terra e tem aspecto brilhante. Os cientistas afirmam que o corpo celeste atingiu 70 mil km/h ao cair no planeta, tendo cerca de 40 centímetros (cm) de diâmetro.
O diretor técnico do Bramon, Marcelo Zurita, apontou ao G1 que o meteoro foi observado em estações localizadas em diversos estados do Nordeste do País. Conforme Zurita, a queda do asteroide pode ter sido observada em um raio até 300 km de distância, em estados como Ceará, Sergipe, Paraíba e Bahia.
RELEMBRE OUTROS CASOS DE METEOROS
Os pesquisadores estimam, com projeções do ângulo da queda a partir de imagens observadas nas estações de monitoramento, que grande parte dos fragmentos tenha caído em Valença do Piauí. O município fica a 200 km de Teresina, capital do estado.
“Ao caírem no solo, os fragmentos passam a ser chamados de meteoritos e possuem valor inestimável para a ciência. Através do estudo desses objetos, podemos saber mais sobre o espaço, o sistema solar”, explicou o diretor da Bramon.
MATERIAL NÃO É RADIOATIVO
Conforme Zurita, pesquisadores têm interesse em estudar o material a partir da obtenção de amostras. “As pessoas podem pegar, não tem problema. Podem guardar e acionar o Bramon, para que nós façamos a coleta para estudo”, diz, acrescentando que o materialnão é radioativo, não oferece riscos e pode ser manuseado.
Em 95% dos casos, segundo ele, os meteoritos possuem características semelhantes para identificação pelo público em geral — têm aspecto de rocha, possuem uma crosta escura, interior claro e são atraídos por ímãs.
Caso alguém encontre meteoritos, pode contatar a entidade pelo e-mail [email protected].
O pesquisador alerta, também, a importância de que as pessoas observem imagens capturadas por celulares ou câmeras de segurança, informando local e horário da observação, bem como relatos de testemunhas da queda. Todo o material pode ser enviado por meio de formulário no site.
Imagens e relatos são importantes para a determinação mais precisa do local em que os meteoritos podem estar localizados, facilitando, assim, que estes sejam achados por pesquisadores. Dessa forma, os estudos poderão identificar tamanho, composição, idade e origem do corpo celeste.
Fonte: Diário do Nordeste