Mesmo com um bom resultado das chuvas na Capital e RMF, a situação do Ceará ainda está longe de ser tranquila.
De acordo com dados preliminares da Fundação Cearense Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as chuvas que atingem o litoral de Fortaleza neste mês têm ficado acima da média histórica dos últimos 30 anos.
Até o momento, a Capital cearense e sua Região Metropolitana registraram 128.0 mm em janeiro, um resultado 31,7% superior à média de 97.2 mm para o período. Como as informações são prévias, os valores podem variar até o fim do mês, mas já mostram um balanço positivo para a região neste início de ano.
Mesmo com um bom resultado das chuvas na Capital e RMF, a situação do Ceará ainda está longe de ser tranquila. Isso porque, segundo a Funceme, apenas duas das oito macrorregiões do Estado estão com resultados positivos neste mês, tendo em vista que, além do litoral de Fortaleza, somente o Maciço de Baturité, com 118.6 mm registrados em janeiro, apresentou precipitações acima da média histórica (variação de 23,7%). Em todas as outras regiões, as chuvas de janeiro seguem abaixo da média.
“É normal existir uma concentração de chuvas em algumas áreas do Estado, principalmente em janeiro, que é apenas o período de pré-estação. A tendência é que esta irregularidade comece a ser reduzida a partir de fevereiro, quando de fato começa a quadra chuvosa do Ceará”, disse o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz.
Atualmente a média mensal de chuvas no Estado é de 78.5 mm, um resultado 20,5% abaixoda média histórica para o período, que é de 98.7 mm. “Na primeira quinzena do ano, tivemos chuvas menos frequentes, o que prejudicou esses resultados. Como nos últimos dias tivemos precipitações mais elevadas e esses dados ainda não foram computados, é possível que, no fechamento do mês, a média do Ceará seja mais positiva”, destaca Fritz.
Dentre as macrorregiões que ainda estão com chuvas aquém do esperado, a situação mais crítica é do Cariri e Sertão Central e Inhamuns, que estão com resultados, respectivamente, 24,8% e 24,7% inferiores à média histórica. Outras variações negativas são registradas em: Litoral Norte (-20,9%), Jaguaribana (-20,8%), Ibiapaba (-17,9%) e Litoral do Pecém (-16,2%).