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Governador do Ceará diz que 21 presos foram transferidos após ataques e defende endurecer medidas contra celular em presídios

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Governador do Ceará diz que 21 presos foram transferidos após ataques e defende endurecer medidas contra celular em presídios

Camilo Santana afirmou que ataques são reação a medidas duras contra o crime organizado dentro dos presídios. Em uma semana, foram registradas 167 ações como incêndios a ônibus e prédios públicos em 42 municípios cearenses.

O governador Camilo Santana (PT) afirmou nesta quarta-feira (9) que 21 presos de facções criminosas que atuam no Ceará foram transferidos para presídios federais, após uma onda de ataques que atinge o estado há uma semana. A medida já havia sido anunciada.

Santana também disse, em entrevista à GloboNews, que o governo vai endurecer as medidas contra a entrada de celulares nas unidades prisionais. Segundo ele, os ataques criminosos são uma reação a uma “ação forte que o governo está realizando dentro do sistema prisional” e o governo não vai recuar. “Vamos endurecer ações dentro do sistema e fora do sistema.”

Até a madrugada desta quarta-feira, foram confirmados 167 ataques em 42 dos 184 municípios cearenses. Os criminosos incendiaram ônibus, transportes escolares, prédios públicos e comércios na capital e no interior. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou que 185 suspeitos de participação nos crimes foram detidos.

De acordo com o governador, líderes de facções criminosas que estavam presos Ceará foram transferidos para presídios federais em outros estados. O governo federal já havia oferecido 60 vagas para receber criminosos do Ceará. “Já foram transferidos 21 presos e nós já estamos trabalhando, inclusive, para realizar novas transferências de presos para presídios federais”, afirmou.

Ações nos presídios

À GloboNews, Santana disse que o governo está mudando a política de controle e segurança, principalmente para evitar a comunicação dos detentos com as ruas. E afirmou ainda que o maior rigor no sistema penitenciário faz parte de um plano trabalhado em três eixos na área da segurança pública, iniciado após uma crise no sistema penitenciário, em 2016.

“Dobrei o número de agentes penitenciários, e agora no fim do ano tomei a decisão de que era uma área que precisava de uma intervenção mais forte do Estado. A verdade é que temos leis muito frouxas hoje no Brasil. Infelizmente, a polícia prende o bandido, mas ele continua a comandar o crime de dentro do presídio. O que eu estou fazendo é cumprir a lei dentro dos presídios”, disse.

Desde o início da onda de violência, 191 detentos foram autuados pelos crimes de desobediência, resistência e motim dentro das unidades prisionais do estado. Os indiciamentos ocorreram nas casas de detenções do complexo prisional de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Mais de 600, drogas e armas foram apreendidas nas cadeias e presídios do estado.

Motivação dos ataques

Os atentados começaram após uma fala do novo titular da Secretaria de Administração Penitenciária do estado, Luís Mauro Albuquerque, que afirmou que iria acabar a entrada de celulares nos presídios e encerrar a divisão de presos nas detenções conforme a facção criminosa a que pertencem.

O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, afirmou que a nomeação do novo gestor das unidades prisionais motivou o início dos ataques. Em pichações em prédios públicos e residências, os criminosos pedem a saída de Mauro Albuquerque. “A criminalidade já conhecia o trabalho dele”, afirmou André Costa.

Fonte: G1

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