O grupo captava pessoas por um aplicativo de rede social. Polícia recomenda às vítimas a buscarem a Delegacia de Defraudações

Três mulheres e cinco homens foram presos na última segunda-feira, 23, suspeitos de aplicarem golpe do falso consórcio premiado. Eles integravam uma mesma empresa, com sede no bairro Aldeota, e captavam os clientes por meio das redes sociais. Com o grupo, foram apreendidos tablets, celulares, notebooks, documentação de terceiros, diversos contratos e anotações de como aplicar o crime. A estratégia era captar clientes para comprarem uma carta de crédito já premiada, que era falsa, a um preço bem abaixo do mercado.

O grupo não reagiu à prisão e não tinha antecedentes criminais. Foram autuados em flagrante por organização criminosa, estelionato e falsidade ideológica. Os suspeitos foram identificados como Cláudio Henrique Farias Lima, 41, Derek Alvez Ribeiro, 25, Erika Abreu Silva, 20, Felismina Maria Silveira, 21, João Victor da Cunha Oliveira, 18, Jurandi Perote de Sousa Junior, 22, Léo Holanda de oliveira e Thifany Brasil da Costa, 22.

O trabalho de investigação da Polícia Civil havia se iniciado há seis meses, quando as autoridades haviam sido procuradas por 30 vítimas do grupo. Inicialmente, a empresa se chamava Business Cred, mas, após iniciadas as investigações, o grupo mudou o nome da empresa para Nord Bank. Pelo material vistoriado e apreendido, a Polícia acredita que, pelo menos 100 pessoas caíram no golpe e recomenda às vítimas a buscarem a Delegacia de Defraudações.

Os envolvidos captavam seus clientes pela internet com a promessa de facilitar a contemplação de uma carta de crédito para a compra de um carro novo, por um preço bem mais acessível. As vítimas buscavam a empresa com a informação de que deveriam pagar 20% do valor geral da carta crédito que eles gostariam. 

Francisco José Soriano, 41 foi uma das vítimas. Ele era comerciante, mas precisou deixar o negócio de lado por conta dos baixos lucros e decidiu virar motorista de aplicativo. E, como uma das empresas só aceita cadastro de veículo relativamente novo, com até dez anos de fabricação, ele pegaria o dinheiro do consórcio para comprar o carro. “Eu moro de aluguel, sou pai de família, preciso de sustento. O problema maior é o pós-golpe, já que eles sujaram o nome das pessoas. No meu caso foi um golpe de R$ 70 mil”, finaliza.

Depois do pagamento efetuado, as vítimas aguardavam uma semana para serem contempladas e só então, após não serem contempladas é que descobriam que tinham contratado um consórcio, ficando assim sem o crédito prometido e com a obrigação de pagar altas parcelas.

O delegado Carlos Teófilo da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) relata que os investigadores também chegaram até o chefe da organização criminosa, identificado como Antônio Alves Filho, no entanto o homem conseguiu fugir em direção ao Maranhão.

“Chegamos ao local, em um prédio de luxo na Aldeota, vários compartimentos na empresa com treinamentos para que novos membros possam ingressar na organização criminosa, inclusive em anotações”, afirma o delegado.

Fonte: O Povo Online

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