O Grupo Pão de Açúcar espera crescimento do setor de varejo no Brasil em 2017, mas manterá os investimentos no mesmo nível deste ano, e reforçará presença no formato de atacarejo, podendo ver até 26 novos pontos de venda da bandeira Assaí.
O presidente-executivo da maior rede de varejo do Brasil, Ronaldo Iabrudi, afirmou a jornalistas que a companhia prepara 15 a 20 conversões de hipermercados da bandeira Extra em Assaí, além de seis novas lojas Assaí no próximo ano.
O volume total representa o maior número de aberturas de lojas Assaí do GPA desde 14 inaugurações registradas em 2014.
O foco da empresa no segmento de atacarejo acontece em meio aos efeitos da recessão sobre os consumidores, que estão optando pelo formato que apresenta custo menor. Segundo Iabrudi, “de 2002 a 2013 tudo o que se fazia no varejo funcionava (…) Com Assaí tem que ser agressivo em preço, senão não sobrevive”.
“Vamos manter agresssividade de preços onde já fazemos isso”, disse o presidente do GPA ao ser questionado se a empresa pode ampliar os esforços de redução de preços no próximo ano.
O executivo comentou ainda que o GPA deve ter em 2017 aberturas de lojas em metros quadrados próximas do nível de 2016, mas que em termos de lojas unitárias haverá redução. Ele não comentou detalhes.
“A área bruta de 2017 deve ser um pouco maior que este ano, porque teremos mais Assaí”, disse Iabrudi. Já o vice-presidente financeiro, Christophe Hidalgo, comentou que a expectativa da empresa é que a venda da empresa por metro quadrado vai crescer “um pouco mais que a inflação”.
Hidalgo afirmou que o investimento previsto pelo GPA em 2017 será de 1,6 bilhão de reais, mesmo valor deste ano. Segundo ele, a parte dos investimentos voltados para a área alimentar será “ligeiramente maior” que a prevista para a ViaVarejo, rede de móveis e eletrodomésticos que está sendo vendida pelo grupo e cujos recursos serão reinvestidos no GPA.
Hidalgo comentou que os resultados do GPA neste ano devem ser impulsionados por um impacto positivo de 600 milhões de reais no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ligados à decisão deste último trimestre de contabilizar os benefícios da chamada Lei do Bem, que zerou IPI e Cofins de alguns eletrônicos como computadores e celulares.
Por Carlos Kté Santos..
Fonte: Reuters..