Foto Reprodução GAZETA DA JUREMA

Após exames, os médicos identificaram inchaço do pênis, necrose (morte do tecido), úlceras e edemas na região do órgão

Um caso inusitado foi relatado na revista American Journal of Case Reports por médicos do Centro Hospitalar BronxCare, em Nova York, nos Estados Unidos. De acordo com o documentado, um homem de 35 anos sofreu um quadro de necrose no pênis após injetar cocaína na veia dorsal do órgão. Ele deu entrada na emergência do hospital com um histórico de três dias de dores intensas na região, no saco escrotal, na virilha e no pé direito. 

Após exames, os médicos identificaram inchaço do pênis, necrose (morte do tecido), úlceras e edemas na região do órgão. Além disso, uma tomografia computadorizada da pelve revelou um edema subcutâneo no pênis. Outras doenças, como infecções sexualmente transmissíveis, foram descartadas, e os especialistas deram início ao tratamento com antibióticos. Apesar de muito grave, após 15 dias a infecção foi contida.

Durante a estadia no hospital, o homem revelou que tinha um longo histórico de uso de drogas intravenosas, o que havia danificado outros locais do corpo que utilizava para a finalidade. A falta de outras opções o fez recorrer à veia dorsal do pênis. Porém, depois de usar a região duas vezes, durante as duas semanas anteriores à internação, ele sentiu dores intensas imediatamente após ter aplicado a droga no local pela terceira vez.

Os médicos ressaltam os perigos do uso da veia peniana para essa finalidade, como necrose do órgão e gangrena, uma morte do tecido ainda mais grave. Além disso, eles destacam que 80% da cocaína apreendida nos Estados Unidos é misturada com levamisol – um medicamento usado para tratar infecções parasitárias. A adição da substância é feita para potencializar o efeito da droga, mas está associada ao desenvolvimento de vasculite necrosante (inflamação das paredes dos vasos sanguíneos) e outras lesões necróticas.

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