O implante de silicone nas mamas permanece no topo do ranking das cirurgias plásticas realizadas por mulheres jovens no Brasil

A última pesquisa publicada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (Isaps) mostra que somente no Brasil são realizadas, aproximadamente, 220 mil mamoplastias a cada ano. O estudo também aponta que mulheres jovens, na faixa etária de 20 a 30 anos, são as que mais buscam a cirurgia de prótese de silicone.

Segundo o cirurgião plástico doutor Tiago Alcântara, na era dos influenciadores digitais, é cada vez mais comum a paciente chegar ao consultório com fotos, pedindo para ficar com as mamas iguais às das famosas.

Apesar de o procedimento ser considerado comum na rotina dos cirurgiões plásticos, ainda restam muitas dúvidas sobre o uso do silicone. Por isso, o especialista esclarece sobre a importância de trabalhar de acordo com a segurança e a realidade individual da paciente.

Um ponto favorável para quem pretende se submeter ao implante de silicone é o avanço tecnológico do material. Conforme o médico, as próteses utilizadas atualmente são mais resistentes e não precisam ser obrigatoriamente trocadas.

“Com o acompanhamento anual ou bianual, se o silicone estiver com todas as condições de integridade, ele pode permanecer no local por 10, 15 ou 20 anos sem problema algum”.

Dúvidas 

O cirurgião plástico desmistifica as falsas ideias de que após o implante de prótese mamária existam grandes problemas para amamentar ou rastrear um possível câncer de mama. De acordo com o profissional, uma pequena parcela de pacientes pode ter alguma dificuldade para amamentação, mas isso depende diretamente do procedimento e da técnica realizada.

Com relação ao rastreio de prevenção do câncer de mama em pacientes com prótese de silicone, doutor Tiago afirma que o exame de mamografia anual é feito da mesma forma em todas as mulheres com ou sem o uso de silicone.

“A prótese não interfere na detecção precoce. O detalhe importante é no caso da paciente de alto risco para câncer de mama, que o melhor exame de acompanhamento é a ressonância”, destaca o médico.

Na ansiedade pelo resultado da cirurgia, a paciente precisa ter o cuidado para não esquecer de detalhes simples, mas que fazem toda a diferença na realização da cirurgia. Entre eles, o cirurgião destaca jejum de no mínimo 8 horas.

O uso de qualquer medicação deve ser comunicada ao médico. Isso porque alguns medicamentos podem prejudicar a coagulação do sangue, aumentando o risco de hematomas.

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As recomendações médicas antes e após a mamoplastia são essenciais para uma cirurgia bem-sucedida/ Dênis Almada

Para as fumantes, o ideal é suspender o uso do cigarro, pelo menos, duas semanas antes do procedimento. A prática pode comprometer a oxigenação do sangue, prejudicar a cicatrização, aumentar o risco de trombose e embolia pulmonar. As bebidas alcoólicas também devem ser evitadas.

Pré-cirurgia
No dia da cirurgia, o ideal é tomar banho com sabonete neutro. Alguns médicos preferem que a paciente não realize depilações próximas à área a ser operada. Mas lembre-se: essa condição não é uma receita de bolo, por isso, converse com seu cirurgião antes do procedimento.

Outros assuntos que devem ser discutidos com o profissional estão relacionados aos danos que o tamanho exagerado da prótese pode causar na pele ou mesmo à estética.

Para as mais vaidosas, é difícil ficar sem esmalte ou maquiagem, mas por um bem maior vale a pena o sacrifício na hora da cirurgia. Enfim, tire todas as dúvidas com o médico e no dia da cirurgia mantenha a tranquilidade e confiança na equipe médica , essenciais para o procedimento ser bem-sucedido.

A cirurgia dura em média de 40 minutos a uma hora, e, seguindo as orientações médicas, a recuperação costuma ser rápida e sem complicações. “

Retomar às atividades diárias gradativamente e sob acompanhamento especializado é passo importante para um bom resultado”, afirma o médico.

Nos primeiros cinco dias, os movimentos leves de braço são livres. O retorno para dirigir é entre 7 e 10 dias e às atividades físicas da terceira a quarta semana. “Claro, com intensidade leve no início e aumento gradual com o tempo.

As modalidades com maiores restrições para o retorno são as mais intensas, a exemplo do crossfit e a corrida”, alerta o especialista.

Fonte: Diário do Nordeste

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