Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu

Casa Branca confirma que houve coordenação entre Israel e os Estados Unidos sobre o bombardeio

Israel voltou a atacar Gaza na madrugada desta 3ª feira (18.março.2025). O bombardeio deixou ao menos  404 mortos e 562 feridos. Ação rompe o acordo de cessar-fogo com o Hamas iniciado em 19 de janeiro. Ao jornal Aljazeera, o Ministério da Saúde palestino informou que o número de mortos e feridos pode ser maior, pois há vítimas ainda sob escombros. Entre os feridos estão mulheres e crianças.

Em uma publicação no X, o porta-voz de língua árabe das IDF (Forças de Defesa de Israel), Cel. Avichay Adraee, anunciou as  “zonas de combate” que são alvo dos ataques e pediu para civis evacuarem delas. Segundo ele, os bombardeiros concentram-se nas cidades de Beit Hanoun e Khuza’a, e nos subúrbios de Abasan, Khan Younis. “Para sua própria segurança, vocês devem evacuar imediatamente para abrigos conhecidos no oeste da Cidade de Gaza e em Khan Younis“, afirmou.

NETANYAHU DIZ QUE ATAQUES CONTINUARÃO

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que os ataques continuarão e são uma “resposta” à recusa do Hamas em libertar prisioneiros israelenses. Ambos os lados do conflito vivem um impasse a respeito do acordo de cessar-fogo (leia abaixo). “Isso ocorre após a recusa repetida do Hamas em libertar nossos reféns, bem como sua rejeição de todas as propostas que recebeu do enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e dos mediadores. Israel, a partir de agora, atuará contra o Hamas com força militar crescente”, afirmou Israel nas redes sociais.

ISRAEL CONSULTOU EUA SOBRE ATAQUE

A Casa Branca confirmou que houve coordenação entre Israel e os Estados Unidos antes dos ataques desta madrugada. À Fox News, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que “haverá um preço a se pagar” pelos que “buscam aterrorizar” Israel e os EUA. “Como o presidente Trump deixou claro: Hamas, os Houthis, o Irã — todos aqueles que buscam aterrorizar, não apenas Israel, mas os Estados Unidos da América —verão um preço a pagar”, afirmou. O Hamas interpretou os ataques como uma violação do cessar-fogo que havia começado em 19 de janeiro, acusando o governo de Benjamin Netanyahu de comprometer a segurança dos prisioneiros em Gaza. Em comunicado, o Hamas pediu que os mediadores do conflito responsabilizem Netanyahu pela violação do acordo. O grupo afirmou que ação colocará os israelenses prisioneiros em um “destino desconhecido”.

Eis a nota do Hamas em tradução para português: 

“Netanyahu e seu governo nazista retomam sua agressão e guerra genocida contra civis indefesos na Faixa de Gaza “Consideramos o criminoso Netanyahu e a ocupação sionista nazista totalmente responsáveis pelas repercussões da agressão traiçoeira contra Gaza, bem como pelos civis indefesos e pelo nosso povo palestino cercado, que está sendo submetido a uma guerra brutal e a uma política sistemática de fome. “Netanyahu e seu governo extremista decidiram revogar o acordo de cessar-fogo, expondo os prisioneiros em Gaza a um destino desconhecido.

“Exigimos que os mediadores responsabilizem plenamente Netanyahu e a ocupação sionista por violar e anular o acordo. “Conclamamos a Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica a assumirem sua responsabilidade histórica no apoio à resistência valente e firmeza do nosso povo palestino, bem como na quebra do cerco injusto imposto à Faixa de Gaza. “Pedimos que as Nações Unidas e o Conselho de Segurança da ONU se reúnam urgentemente para adotar uma resolução que obrigue a ocupação a cessar sua agressão e a cumprir a Resolução 2735, que exige o fim da agressão e a retirada de toda a Faixa de Gaza”.

CESSAR-FOGO

O cessar-fogo entre Israel e Hamas previa 3 etapas: interrupção dos ataques, troca de reféns mantidos pelo grupo palestino por prisioneiros detidos em Israel e a retomada das negociações. A 1ª fase da trégua terminou em 1º de março, e as partes tentaram negociar uma extensão, mas não chegaram a um acordo. Como consequência, Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária no território palestino. A 2ª fase das negociações incluiria a libertação de reféns sobreviventes e a retirada das tropas israelenses do território. A 3ª etapa trataria da devolução dos corpos dos reféns mortos. De acordo com Israel, 59 reféns ainda permanecem em Gaza. Segundo o país, 24 deles estão vivos.

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